A gigante farmacêutica americana Johnson & Johnson ofereceu nesta terça-feira (4) US$ 8,9 bilhões (R$ 45 bilhões) para encerrar os processos que enfrenta por venda de um talco apontado como causador de câncer.
Segundo nota do grupo, o acordo, que precisa ser aprovado pelo tribunal, "resolverá de forma equitativa todos os processos" envolvendo o talco, acusado de conter amianto e provocar câncer de ovário.
A Johnson & Johnson ressaltou que o acordo não constitui uma admissão de culpa e continua afirmando que seu produto é seguro, embora tenha retirado o mesmo do mercado americano.
O acordo, cujos pagamentos feitos por uma subsidiária poderiam se estender por 25 anos, deve "encerrar todos os processos atuais e futuros sobre o talco", assinala o comunicado. Mais de 60.000 demandantes aceitaram a proposta, segundo a empresa.
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A "J&J" já havia proposto um acordo de US$ 2 bilhões em resposta às acusações de que seu talco cosmético causava cânceres ginecológicos.
"A empresa segue acreditando que estas alegações são enganosas e carecem de base científica", declarou hoje um representante jurídico da J&J, que tem sede em Nova Jersey.
Um tribunal de apelação do Missouri considerou que o grupo "vendeu conscientemente aos consumidores produtos que contêm amianto", o que gerou uma forte "angústia física, mental e emocional".
Embora a Johnson & Johnson continue alegando inocência, a empresa anunciou em maio de 2020 o fim das vendas do talco nos Estados Unidos e no Canadá.
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