"Não posso falar do futuro, porque está em jogo a vida livre de um homem gay em Uganda. Imagino um genocídio patrocinado pelo Estado, um ambiente mais hostil, a ponto de não podermos alugar uma casa. Vejo falta de moradia para pessoas LGBTQIA+, negação de cuidados médicos e de oportunidades de emprego, altas taxas de suicídio. Naqueles que escolherem viver, prevejo índices elevados de transtornos mentais entre homossexuais devido ao trauma, à depressão."
Ronald Agaba, 26 anos, ativista LGBTQIA+, desempregado, morador de Kampala
"Depois de aprovarem a lei, a presidente do Parlamento disse que eles fizeram isso pela segurança das crianças de Uganda e pelo bem da cultura africana. O presidente do país, Yoweri Museveni, chamou a homossexualidade de não natural e de uma depravação. Acredito que há 95% de chances de ele sancionar essa lei. Apenas dois parlamentares ugandeses se opuseram ao texto. Essa lei criminalizará qualquer local que apoiar ou difundir a causa LGBTQIA+."