A Rússia lançou, ontem, bombardeios em larga escala contra a Ucrânia, os mais intensos em várias semanas, que mataram pelo menos seis pessoas e provocaram cortes de energia elétrica, incluindo a interrupção temporária do fornecimento da central nuclear de Zaporizhzhia. Segundo Moscou, a ofensiva, em que foram usados os novos mísseis hipersônicos Kinzhal, foi uma "represália" à incursão em território russo, há uma semana, por parte de "sabotadores" ucranianos.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, denunciou as "táticas miseráveis" da Rússia após o ataque. Foram lançados, no total, 81 mísseis, direcionados às infraestruturas energéticas. Os bombardeios atingiram 10 regiões da ex-república soviética, além da capital, Kiev.
Autoridades ucranianas informaram que a defesa antiaérea derrubou 34 dos projéteis lançados por Moscou, assim como quatro drones explosivos Shahed, de fabricação iraniana. Nenhum dos seis mísseis Kinzhal, porém, pôde ser derrubado.
Os bombardeios causaram mortes nas regiões de Lviv (oeste) e de Dnipro (centro-leste). Oksana Ostapenko, do povoado de Velyka Vilchanytsia, perto de Lviv, perdeu sua irmã e dois cunhados que estavam em uma casa que foi destruída. Dois de seus vizinhos também morreram. "Eles estavam comemorando [um aniversário], depois foram dormir. E foi isso que aconteceu", explicou. "Pensamos que estaríamos seguros aqui, perto da fronteira com a Polônia", acrescentou.
Os ataques cortaram a eletricidade, a água e o aquecimento na cidade de Kharkiv (nordeste) e deixaram sem aquecimento 40% dos usuários em Kiev, indicaram as autoridades. Na capital, as explosões afetaram os distritos sul e oeste. Três pessoas ficaram feridas, segundo a polícia.
No leste da Ucrânia, continua a batalha de Bakhmut, uma cidade que o Kremlin tenta conquistar há meses. O chefe da organização paramilitar russa Wagner, Yevgeny Prigozhin, declarou que seus combatentes tomaram a pequena vila de Dubovo-Vasylivka.
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