Uma australiana de 42 anos passou por um acidente inusitado e sofreu com uma dor que ela classificou como pior que a dor de um parto natural. Naomi Lewis pedalava em Smithfield, subúrbio de Sydney, próximo à casa onde mora, quando, ao descer da bicicleta, escorregou em um barranco e caiu sobre uma árvore espinhosa. Em entrevistas concedidas à imprensa local, a mulher relatou que a dor sentida foi “100% a pior dor de todas”, e que até hoje dá sinais em seu corpo, como a sensação de "pegar fogo” nas pernas.
A planta em questão se trata da Gympie-Gympie que possui características fatais, como por exemplo, produzir uma toxina semelhante à produzida por uma picada de aranha. A planta possui folhas planas, finas e amplas que se erguem como hastes delicadas e criam um visual quase inofensivo à planta. Ela não cresce mais do que alguns metros e, por necessitar de bastante água, só pode ser encontrada em algumas regiões específicas da Austrália.
Naomi Lewis é mãe de quatro filhos — três deles nascidos por cesáreas e um em parto natural — e, segundo ela, “nenhuma dor chega perto” do que sentiu ao ter contato com a planta venenosa. "A dor vai além do suportável", disse. Após o acidente, Naomi foi socorrida pelo marido que a levou a uma farmácia onde compraram cera para remover os pelos finos das folhas e caules da árvore que ficaram incrustados na pele e injetavam veneno como se fossem agulhas minúsculas.
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Ao ser levada para a emergência, Naomi descobriu que havia pouca coisa que os médicos pudessem fazer para aliviar as dores. A mulher foi transferida para um hospital privado da região, e ficou internada por sete dias sob tratamento com analgésicos. Lewis relata que “viveu com compressas térmicas amarradas nas pernas por muito tempo”, mesmo após ir para casa. Ainda hoje, diz sentir um pouco de dor em parte das pernas quando a pele é exposta ao ar condicionado, por exemplo.
Noemi não é a única a sofrer um acidente desse tipo, entre 2016 e 2019, a Emergency Medicine Australasia analisou casos de 48 pessoas que se apresentaram no pronto-socorro do Cairns Hospital após contato com uma árvore urticante do gênero Dendrocnide. Mais da metade dos casos ocorreu em visitantes de Cairns. Crystal Cascades, uma piscina natural de Cairns, foi responsável por 42% dos incidentes.
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