Milhões de peixes apareceram mortos em um rio de uma cidade no sudeste da Austrália.
Os primeiros relatos sobre a morte de peixes em grande escala aconteceram na manhã de sexta-feira (17/3) em Menindee, no Estado de Nova Gales do Sul.
A autoridade fluvial culpou uma onda de calor que afeta o rio Darling-Baaka.
Moradores locais dizem que esta é a maior mortandade de peixes a atingir a cidade, que experimentou evento semelhante apenas três anos atrás.
Em um post no Facebook, o Departamento de Indústrias Primárias de Nova Gales do Sul disse que a onda de calor colocou "mais estresse em um sistema que experimentou condições extremas de inundações em larga escala".
As ondas de calor tornaram-se mais frequentes, intensas e duradouras por causa das mudanças climáticas induzidas pelo homem. O mundo já aqueceu cerca de 1,1 °C desde o início da era industrial, e as temperaturas continuarão subindo, a menos que os governos de todo o mundo façam cortes drásticos nas emissões de poluentes.
Em entrevista à BBC, Graeme McCrabb, morador de Menindee, descreveu as mortes como "surreais".
"Provavelmente será um pouco mais difícil hoje", disse ele, alertando que os moradores estavam prevendo que ainda mais peixes morreriam à medida que os animais já em decomposição sugassem mais oxigênio da água.
Cerca de 500 pessoas vivem na cidade no extremo oeste de Nova Gales do Sul. O rio Darling-Baaka faz parte da Bacia Murray Darling, o maior sistema fluvial da Austrália.
Segundo as autoridades locais, as mortes de peixes foram "angustiantes para a comunidade local", um sentimento compartilhado por McCrabb.
"Você pode imaginar deixar um peixe em sua cozinha para apodrecer com todas as portas fechadas e sem ar condicionado, e nós temos milhões deles."
Esperava-se que a temperatura em Menindee chegasse a 41 °C neste sábado.
Ele acrescentou que os moradores da cidade regional dependem da bacia para abastecimento de água, "usamos a água do rio para lavar e tomar banho. As pessoas não vão poder usar essa água para essas necessidades básicas novamente", lamentou.
"Com o tempo essas pessoas não vão poder ter acesso àquela água para uso doméstico, o que é uma vergonha".
A mortandade de peixes lança uma luz sobre os problemas enfrentados pela Bacia Murray Darling. A seca e a atividade humana impactaram a saúde do ecossistema local.
O órgão responsável pela Bacia de Murray Darling disse que a agricultura, as indústrias e as comunidades usaram a água do sistema fluvial, o que resultou em menos água fluindo pelo rio.
Também informou que a bacia é propensa a eventos climáticos extremos e tem um clima altamente variável, deixando-a vulnerável a incêndios e secas.
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