DIA INTERNACIONAL DA MULHER

Putin e Zelensky enaltecem papel das mulheres na guerra

Na gravação, Volodymyr Zelensky pediu à população para "lembrar, pensar e agradecer a todas as mulheres que sacrificaram suas vidas" pelo país

Correio Braziliense
postado em 09/03/2023 06:00
 (crédito:  AFP)
(crédito: AFP)

Inimigos em campo de batalha, os presidentes da Ucrânia e da Rússia, Volodymyr Zelensky e Vladimir Putin, enalteceram, ontem, o papel das mulheres no conflito entre os dois países por ocasião do dia 8 de março. "Acho importante dizer isso hoje. Agradecer a todas as mulheres que trabalham, ensinam, estudam, economizam, cuidam e lutam pela Ucrânia", ressaltou o ucraniano, em vídeo. Em Moscou, Putin aproveitou a data para saudar aquelas que "cumprem o seu dever" ao serviço da Rússia, numa alusão à ofensiva militar.

Na gravação, Volodymyr Zelensky pediu à população para "lembrar, pensar e agradecer a todas as mulheres que sacrificaram suas vidas" pelo país. Em breve pronunciamento, ele prometeu mais uma vez a vitória aos seus compatriotas, que resistem à invasão liderada por Moscou há mais de um ano. "Juntos somos mais fortes, invencíveis", enfatizou o líder ucraniano.

No Kremlin, Putin comandou uma cerimônia de entrega de condecorações a mulheres que se destacaram em diferentes setores. "Hoje, quando a Rússia mais uma vez enfrenta ameaças diretas à sua segurança e soberania, vemos inúmeros exemplos de coragem e determinação", afirmou. "Há mulheres nesta sala que cumprem com honra seu dever militar."

Defensor autoproclamado dos "valores tradicionais" perante um Ocidente que considera decadente, o líder russo criou por decreto, no ano passado, o prêmio "Mãe-heroína" para mulheres com 10 filhos ou mais. Duas mulheres receberam o prêmio na solenidade de ontem.

Na véspera, a vulnerabilidade das mulheres em meio a conflitos armados foi tema de debate no Conselho de Segurança das Nações Unidas. Apesar de uma resolução da ONU do ano 2000 prever a proteção e a inclusão feminina nos processos de paz, elas continuam sendo as primeiras vítimas das guerras e estão sub-representadas nas mesas de negociação, denunciaram representantes oficiais.

"Em 20 anos, não mudamos de forma significativa a composição das mesas de negociação da paz, nem alteramos a impunidade da qual desfrutam aqueles que cometem atrocidades contra mulheres e jovens", lamentou Sima Bahous, diretora executiva da ONU Mulheres.

A situação no Afeganistão, agravada após a retomada do poder pelo Talibã, mereceu atenção especial. "É um dos exemplos mais extremos do retrocesso nos direitos das mulheres", frisou Bauhaus. Sobre a guerra no leste europeu, ela lembrou que "as mulheres e seus filhos representam 90% dos cerca de 8 milhões de ucranianos que tiveram que abandonar o país".

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