No ritmo atual, serão necessários 300 anos para alcançar a igualdade entre homens e mulheres, alertou, nesta segunda-feira (6/3), o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, às vésperas do Dia Internacional da Mulher.
"Avanços obtidos em décadas estão evaporando diante de nossos olhos", declarou Guterres na abertura de uma reunião da Comissão sobre a Situação da Mulher da ONU focada na brecha tecnológica entre os gêneros.
"No ritmo atual, a ONU Mulher prevê que serão necessários 300 anos" para a igualdade entre homens e mulheres, advertiu, após lembrar da situação no Afeganistão, onde mulheres e meninas têm sido "apagadas da vida pública". Recordou também que os direitos reprodutivos e sexuais da mulher em muitas partes estão "em retrocesso", sem contar os riscos de sequestros e ataques em alguns países, até mesmo pela polícia.
A pandemia de covid-19 e os conflitos da Ucrânia ao Sahel afetaram e seguem afetando "em primeiro lugar" as pessoas do sexo feminino.
"O patriarcado contra-ataca, mas responderemos", afirmou Guterres, que garantiu que a ONU "permanece ao lado das mulheres e meninas de todo o mundo".
"A desinformação misógina e as mentiras" nas redes sociais têm o objetivo de "silenciar as mulheres e obrigá-las a sair da vida pública", disse o secretário-geral.
"As histórias podem se falsas, mas o dano é muito real", apontou, ao fazer um apelo pela mudança dos "marcos internacionais, que não estão adaptados às necessidades e aspirações das mulheres e meninas". Há países que são "contra a inclusão da perspectiva de gênero em negociações multilaterais", afirmou.
Sobre o tema da reunião, Guterres disse que promover as contribuições da mulher na ciência, tecnologia e inovação "não é um ato de caridade ou um favor". Com seu acesso a serviços médicos online, bancos e recursos financeiros, plataformas digitais seguras e à tecnologia em geral, os benefícios "são para todos", ressaltou.
"Sem a perspicácia e a criatividade de metade do mundo, a ciência e a tecnologia realizarão apenas metade de seu potencial", alertou Guterres, que lembrou que das 3 bilhões de pessoas ainda não conectadas à internet, a maioria é de mulheres e meninas em países em desenvolvimento.
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