Novos casos de intoxicação de estudantes iranianas foram relatados neste sábado (04) em pelo menos cinco províncias, segundo a imprensa local. Estes eventos misteriosos comovem o país há várias semanas.
As agências de notícia Tasnim e Mehr informaram que dezenas de meninas foram levadas para hospitais das províncias de Hamedan (oeste), Zanjan e Azerbaijão Oriental (noroeste), Fars (sul) e Alborz (norte). Apesar dos problemas respiratórios, náuseas e dores de cabeça, o estado de saúde das alunas não é grave.
Centenas de casos de envenenamento por gás foram registrados nos últimos três meses em diversos estabelecimentos, principalmente na cidade sagrada de Qom. Os pais das jovens pedem providências às autoridades.
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O presidente iraniano Ebrahim Raisi ordenou na sexta-feira (03) aos Ministérios do Interior e de Inteligência que "impeçam a conspiração do inimigo, que pretende criar o medo e desespero na população". O líder não indicou, entretanto, a identidade deste "inimigo".
A diplomacia alemã lançou na sexta-feira um apelo para o esclarecimento de "todos os casos". As autoridades iranianas criticaram o ato como ingerência nos assuntos do país.
O Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos também pediu uma "investigação transparente" e que as conclusões sejam públicas.
O governo anunciou uma investigação sobre a origem do envenenamento, mas nenhuma prisão foi feita até o momento.
Na semana passada, um funcionário do Ministério da Saúde afirmou que "algumas pessoas" tentavam "fechar todas as escolas, especialmente as femininas". Esta versão não foi confirmada por outros funcionários.
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