Uma comissão anticorrupção do Congresso do Equador recomendou na quarta-feira (1/3) a abertura de um julgamento político contra o presidente Guillermo Lasso por suposta corrupção.
O relatório apresentado "recomenda o julgamento político do presidente por crimes contra a segurança do Estado e contra a administração pública (corrupção, conluio e peculato)" no âmbito do caso conhecido como "Encontro", informou a Assembleia Nacional em comunicado.
A comissão que investigou o caso foi criada depois que o portal La Posta revelou em janeiro uma suposta estrutura de corrupção estabelecida por Danilo Carrera, cunhado de Lasso, em empresas públicas.
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Áudios divulgados pelo site supostamente envolvem Carrera, que não ocupa cargo no governo, assim como Hernán Luque, ex-integrante da diretoria da Empresa Coordenadora de Empresas Públicas (EMCO).
"O presidente da República, Guillermo Lasso, foi advertido pelo ex-secretário anticorrupção, Luis Verdesoto, dos possíveis atos de corrupção e não apenas (...) não os denunciou, como tentou impedir ação de fiscalização da Assembleia Nacional", acrescenta o comunicado.
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O governo nega a existência de uma trama de corrupção desde a divulgação das denúncias.
O documento da comissão ainda deve ser examinado pelo plenário do Congresso, onde a maioria, embora dispersa, é de oposição. Para iniciar um julgamento político contra o presidente é necessário o apoio de pelo menos um terço dos deputados (46 de 137).
O pedido é examinado em seguida pela Corte Constitucional, que autoriza ou não a tramitação no Congresso, onde é necessário o voto de dois terços dos deputados para efetivar a destituição.
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