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Hong Kong suspende uma das últimas exigências do uso de máscara no mundo

O chefe do Executivo da cidade, John Lee, disse que a partir de quarta-feira não será necessário o uso de máscaras em locais públicos, o que põe fim à última grande restrição em vigor ligada à pandemia de covid-19

Hong Kong anunciou nesta terça-feira (28) o fim da obrigatoriedade do uso de máscara como medida contra o coronavírus, um dos últimos lugares do mundo a manter seu uso em quase todos os espaços públicos.

O chefe do Executivo da cidade, John Lee, disse que a partir de quarta-feira não será necessário o uso de máscaras em locais públicos, o que põe fim à última grande restrição em vigor ligada à pandemia de covid-19.

"Anuncio que a exigência de máscara será completamente suspensa a partir de amanhã, 1º de março, incluindo ambientes internos, externos e transporte público", disse Lee em uma coletiva de imprensa.

A medida afetava todas as pessoas com mais de dois anos de idade, que ficavam expostas a multas de até HK$ 10.000 (US$ 1.275) caso não a cumprissem.

A obrigatoriedade do uso da máscara foi imposta há três anos e está em vigor há quase mil dias.

"Estou pronta para me livrar disso", disse Tiffany, trabalhadora do setor financeiro, à AFP. "É caro comprar máscaras e eu já tive covid", acrescenta.

A suspensão da exigência ocorre quando o governo tenta atrair turistas e trabalhadores estrangeiros para impulsionar a economia.

O secretário de Saúde, Lo Chung-mau, afirmou que a partir de 1º de março "todos poderão mostrar seu sorriso".

Muitas pessoas na cidade estavam irritadas com a obrigatoriedade do uso da máscara.

- "Desnecessárias" -

"Temos um alto grau de imunidade híbrida e um nível relativamente baixo de mortalidade, em um nível semelhante ao da gripe", disse Kwok Kin-on, professor de saúde pública da Universidade Chinesa de Hong Kong.

Por isso, considerou que as máscaras são "desnecessárias".

A exigência de máscara parecia contradizer a campanha "Hello Hong Kong" do governo de Lee para receber visitantes "sem isolamento, quarentena ou restrições".

Os dançarinos sem máscara do vídeo promocional da campanha geraram críticas nas redes sociais por distorcerem a realidade de uma cidade onde dirigir com o rosto descoberto tem sido motivo de multa.

Dados oficiais indicam que, até o final de 2022, Hong Kong emitiu mais de 22.000 multas por não usar máscara, arrecadando mais de HK$ 111,56 milhões.

No ano passado, a maioria dos países europeus que exigiam o uso de máscaras suspendeu a exigência em todos os lugares, exceto em aviões e metrôs.

Singapura, rival asiática de Hong Kong, suspendeu o uso de máscara em locais fechados em agosto do ano passado, enquanto a Coreia do Sul o fez em janeiro.

Taiwan retirou sua exigência em 20 de fevereiro e Macau o fez na segunda-feira passada.

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