O presidente da Rússia, Vladimir Putin, prometeu colocar em serviço nos próximos meses os primeiros lançadores do modelo mais recente de míssil balístico intercontinental do país, o Sarmat, um sistema ultrapotente que supostamente registrou falhas, segundo fontes americanas. "Prestamos atenção especial, como sempre, ao reforço da tríade nuclear", disse, em um vídeo publicado, ontem, Dia do Defensor da Pátria, feriado na Rússia.
O Sarmat foi descrito por Putin em abril do ano passado como um míssil capaz de "provocar o fracasso de todos os sistemas antiaéreos" e que "fará refletir duas vezes aqueles que tentam ameaçar" a Rússia. O sistema integra a série apresentada em 2018 como invencível pelo chefe do Kremlin. Ele afirmou que o Sarmat, chamado de Satã II pelos ocidentais, tem um alcance quase ilimitado.
Apesar da veemência do pronunciamento, a emissora CNN, citando fontes americanas que pediram anonimato, divulgou que o teste mais recente do Sarmat fracassou esta semana. Dmitri Peskov se recusou a comentar a notícia. "Todas as informações que merecem ser tornadas públicas são processadas pelo canal do ministério da Defesa", disse, ao mesmo tempo que fez um alerta contra as "provocações" ocidentais.
Na terça-feira, no discurso anual à elite política do país, Putin anunciou o início da operação de outros sistemas nucleares, sem mencionar quais, além da suspensão da participação da Rússia no tratado Novo Smart, o último acordo bilateral de desarmamento nuclear com os Estados Unidos.
No mesmo vídeo, o presidente ressaltou a importância do Exército russo, afirmando que a força é responsável por garantir a estabilidade do país. "Um exército e uma marinha modernos e eficientes são uma garantia da segurança e soberania do país, uma garantia de seu desenvolvimento estável e de seu futuro", declarou. "É por isso que, como antes, daremos atenção prioritária ao fortalecimento de nossas capacidades de defesa", acrescentou.
Putin afirmou que a Rússia vai "conduzir o desenvolvimento equilibrado e de alta qualidade de todos os componentes das Forças Armadas", em particular equipando as tropas com "novos sistemas de ataque, equipamentos de reconhecimento e comunicação, drones e sistemas de artilharia".
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