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TENSÃO

Reação dos EUA ao caso do balão foi histérica, diz ministro chinês

Segundo o principal funcionário de política externa da China, o país havia solicitado que os Estados Unidos lidassem com "calma e profissionalismo" com a situação

O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, afirmou que a reação dos Estados Unidos ao suposto balão de segurança chinês foi "absurda e histérica". "Dissemos repetidamente aos Estados Unidos que se tratava de um dirigível não tripulado de origem civil", disse ele em painel na Conferência de Segurança de Munique. "Ao redor do mundo há muitos balões, os Estados Unidos vão tentar abater todos eles?", questionou.

Segundo o principal funcionário de política externa da China, o país havia solicitado que os Estados Unidos lidassem com "calma e profissionalismo" com a situação, com base em consultas com o governo chinês. "Lamentavelmente, os Estados Unidos desconsideraram esses fatos", afirmou Wang Yi, mencionando a reação norte-americana de abater o balão com o auxílio do Pentágono, temendo que se tratasse de um equipamento de espionagem. "Isso não mostra força da América, mostra o oposto", avaliou a autoridade chinesa.

Durante o evento, o ministro das Relações Exteriores da China também falou sobre a guerra na Ucrânia. Ele afirmou que a posição do país é a de apoiar negociações de paz e disse que atritos entre países existem, mas lidar com eles com campanhas de difamação ou sanções unilaterais é, muitas vezes, contraproducente. "Estamos profundamente preocupados com a extensão da crise. Não somos uma parte envolvida, mas não ficamos com os braços cruzados", reforçou.

Segundo ele, a China tenta facilitar negociações de paz e deve apresentar um documento com a posição nacional sobre a guerra na Ucrânia em resposta ao marco de um ano do conflito. "Vamos reiterar o respeito à integridade e à soberania territorial", disse. "Essa guerra não deve continuar", completou.

O ministro das Relações Exteriores também comentou os temores de que a China e Taiwan possam entrar em um choque militar por controle de território. "Taiwan é parte do território da China, nunca foi um país independente e não será no futuro", disse Wang Yi.

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