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INTERNACIONAL

Um em cada três presos na Europa tem doenças mentais, aponta OMS

Levantamento realizado pela Organização Mundial da Saúde aponta superlotação em cadeias de vários países e deficiências no atendimento aos detentos, com restrições, inclusive, no acesso a vacinas

Lisboa — Um terço (32,8%) dos cidadãos presos na Europa tem problemas mentais, informa levantamento feito Organização Mundial da Saúde (OMS). Esse é, atualmente, o maior problema de saúde dentro das penitenciárias. Segundo os pesquisadores, os números podem estar subestimados, pois menos da metade dos 36 países analisados informou todos os dados. Eles também chamam a atenção para o fato de o suicídio ser a maior causa de mortes atrás das grades, num índice muito maior do que a média geral.

O mesmo estudo, com informações de 2020, aponta que 613,5 mil pessoas estão presas na Europa, número 6,6% inferior ao registrado no ano anterior. Um em cada cinco dos países ouvidos pela OMS afirmou, porém, haver superlotação nas prisões, com consequências graves para a saúde dos detentos. Os pesquisadores ressaltam que parte desse problema nas penitenciárias poderia ser resolvido por meio de medidas alternativas, como diversos tratamentos para os usuários de drogas.

Além da superlotação, a pesquisa identificou deficiências em serviços preventivos nas prisões, incluindo acesso à vacinação: 16,7% dos países não oferecem imunizantes contra hepatite B, difteria, tétano e coqueluche. No caso da prevenção contra a covid-19, o resultado foi considerado bom. “Prisão nunca deveria se tornar uma sentença para um sistema de saúde pobre. Todos os cidadãos são elegíveis a um bom sistema de saúde, independentemente do seu estado legal”, disse o doutor Hans Henri Kluge, diretor regional para a Europa da OMS.

A radiografia das prisões europeias será apresentada nesta quarta-feira (15/02) em Lisboa. Segundo o ministro da Saúde de Portugal, Manuel Pizarro, “as políticas de saúde não podem deixar ninguém para trás”. Ele informa que, no seu país, especificamente, a ocupação nas prisões baixou de 114%, ou seja, uma superlotação, para 91% em relação a 2019. Com isso, o total de presos diminuiu 28% no auge da pandemia do novo coronavírus. Mesmo assim, não houve aumento da criminalidade. Portugal é considerado o sexto país mais seguro do mundo.

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