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Europa

Rússia posiciona submarinos e navios com armas nucleares no Mar Báltico

Segundo relatório da inteligência norueguesa, pela primeira vez em 30 anos, Moscou posiciona submarinos e navios táticos no Mar Báltico, enquanto a Otan debate o envio de mais armas e munição a Kiev

Avanço preocupante

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou, em discurso na noite de ontem, que a situação tem ficado cada vez mais delicada no leste do país, onde as tropas russas avançaram nas últimas semanas. Os combates pela cidade de Bakhmut se intensificavam. "A situação na linha de frente, e em particular nas regiões de Donetsk e Lugansk, segue sendo extremamente difícil. É literalmente uma batalha metro por metro", declarou.

Ontem, foram ouvidos disparos de artilharia contra as linhas russas em torno de Bakhmut, alvo de uma grande ofensiva russa. A cidade não é considerada estratégica, mas se tornou um símbolo da resistência ucraniana. O chefe do grupo paramilitar russo Wagner, Yevgeny Prigozhin, admitiu dificuldades para conquistar Bakhmut. "Não será tomada amanhã, porque há forte resistência e bombardeios. É um moedor de carne em funcionamento", ressaltou.

Reunidos na sede da Otan, em Bruxelas, os aliados de Kiev se concentraram em garantir o fluxo de munições e blindados de que precisam para enfrentar a ofensiva russa no terreno. De sua parte, Zelensky atenuou as demandas por caças depois de conseguir as promessas de tanques, defesa aérea e mísseis.

Ao sair da reunião, o general americano Mark Milley afirmou que a Rússia já é derrotada nessa guerra. "A Rússia perdeu, perdeu estratégica, operacional e taticamente, e está pagando um preço alto", opinou. No entanto, à medida que as hostilidades persistem, "a comunidade internacional continuará a apoiar a Ucrânia com o equipamento e as capacidades de que necessita", acrescentou.

Liderados pelos Estados Unidos, os aliados ocidentais de Zelensky, já forneceram dezenas de bilhões de dólares em armas para contribuir na defesa ucraniana.

Na segunda-feira, o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, admitiu que a Ucrânia está usando mais munições do que a aliança é capaz de produzir e alertou que os contratos com as indústrias de armas precisam ser fortalecidos. Segundo a imprensa alemã, esses acordos permitiriam a entrega de 300 mil munições a Kiev a partir de julho.

Para os aliados europeus da organização, o fluxo de munição para o armamento fornecido aos ucranianos tornou-se uma prioridade problemática. Stoltenberg assinalou que essa é uma guerra de desgaste e uma batalha logística. Os ucranianos precisam com urgência de munições de 155 milímetros, das quais usam milhares diariamente.

O ministro da Defesa da Alemanha, Boris Pistorius, anunciou que a indústria de seu país se prepara para fortalecer uma linha de produção de munição específica para sistemas de defesa antiaérea Guepard. De acordo com a mídia alemã, isso permitirá a entrega de 300 mil munições à Ucrânia a partir de julho. Por sua vez, a Eslováquia afirmou que está disposta a discutir o envio de antigos aviões MiG-29 soviéticos para ajudar a repor as perdas pelos ucranianos.

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AFP - 20230205 Created
Getty Images via AFP - Artefato retirado do Oceano Atlântico pela marinha americana