O número de mortos após os terremotos que atingiram a Turquia e a Síria na segunda-feira (6/2) passou dos 6 mil, segundo informações dos países. Na Turquia, o número de mortos subiu para 4.544 e 20.534 ficaram feridos, conforme último balanço da Autoridade de Gestão de Desastres e Emergências. Já na Síria 1.712 pessoas perderam a vida, e 3.640 ficaram feridas, de acordo com os balanços das autoridades de Damasco e das equipes de resgate nas zonas rebeldes
A ajuda internacional deve começar a chegar ainda nesta terça-feira (7/2) às zonas afetadas pelo terremoto e por seus tremores secundários. O primeiro abalo, na madrugada de segunda-feira, atingiu 7,8 graus de magnitude e foi sentido inclusive no Líbano, no Chipre e no norte do Iraque.
- Bebê é resgatada de escombros com cordão umbilical ligado à mãe morta
- Ex-jogador do Chelsea encontrado com vida nos escombros na Turquia
- Imagens antes e depois do terremoto na Turquia mostram extensão da destruição
Na Turquia, o presidente Recep Tayyip Erdogan, decretou estado de emergência por três meses nas dez províncias do sudeste atingidas pelo terremoto.
Ajuda internacional a caminho
As condições meteorológicas na região de Anatolia, na Turquia, dificultam os trabalhos de resgate e prejudicam as perspectivas dos sobreviventes, que se aquecem em barracas, ou ao lado de fogueiras improvisadas.
As primeiras equipes de socorristas internacionais serão da França e Catar e devem chegar à Turquia ainda nesta terça-feira (6). O contingente francês pretende chegar a Kahramanmaras, próximo ao epicentro do terremoto, uma região de acesso difícil e que sofre com a neve.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, prometeu "toda a ajuda necessária, seja qual for".
A China anunciou o envio de uma ajuda de US$ 5,9 milhões, que incluirá grupos especializados em resgate em áreas urbanas, além de equipamentos médicos e material de emergência.
Ao todo, 45 países ofereceram ajuda, de acordo com Erdogan. Entre eles estava a Ucrânia, que anunciou o envio de 87 socorristas para a Turquia, mesmo em guerra com a Rússia.
O pedido de ajuda do governo da Síria recebeu, por enquanto, resposta da Rússia, aliada de Damasco, que prometeu enviar equipes de emergência nas próximas horas. E 300 militares russos que já estavam na região ajudam nos resgates.
A Organização das Nações Unidas (ONU) também reagiu, mas insistiu que a ajuda deve chegar a toda a população síria, incluindo a parte que não está sob controle de Damasco. O Crescente Vermelho sírio fez um apelo para que a União Europeia (UE) retire as sanções contra o regime sírio para permitir o envio de ajuda.
Dormir ao relento
Os balanços de vítimas dos dois lados da fronteira não param de aumentar e, levando-se em consideração a magnitude da destruição, a tendência deve persistir.
Apenas na Turquia, as autoridades contabilizaram quase 5 mil imóveis desabados.
Além das condições já dramáticas, a queda da temperatura representa um risco adicional de hipotermia para os feridos e as pessoas bloqueadas nos escombros.
Na segunda-feira, foram registrados pelo menos 185 tremores secundários, além dos dois terremotos principais: um de 7,8 graus durante a madrugada (4H17), e outro, de 7,5 graus de magnitude, ao meio-dia.
Os tremores secundários prosseguiram durante a madrugada de terça-feira. O mais forte, de magnitude 5,5, aconteceu às 6h13 (0h13 de Brasília) a nove quilômetros de Gölbasi (sul da Turquia).
As autoridades turcas adaptaram ginásios, escolas e mesquitas para abrigar os sobreviventes. Mas, com medo de novos terremotos, muitos moradores preferiram passar a noite ao relento.
"Todo mundo está com medo", disse Mustafa Koyuncu, um homem de 55 anos que passou a noite com a esposa e os cinco filhos no carro da família em Sanliurfa (sudeste da Turquia).
Este foi o terremoto mais devastador na Turquia desde o registrado em 17 de agosto de 1999, que deixou 17 mil mortos, incluindo mil em Istambul.
*Com informações da Agence France Presse
Notícias no celular
O formato de distribuição de notícias do Correio Braziliense pelo celular mudou. A partir de agora, as notícias chegarão diretamente pelo formato Comunidades, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp. Não é preciso ser assinante para receber o serviço. Assim, o internauta pode ter, na palma da mão, matérias verificadas e com credibilidade. Para passar a receber as notícias do Correio, clique no link abaixo e entre na comunidade:
Apenas os administradores do grupo poderão mandar mensagens e saber quem são os integrantes da comunidade. Dessa forma, evitamos qualquer tipo de interação indevida. Caso tenha alguma dificuldade ao acessar o link, basta adicionar o número (61) 99666-2581 na sua lista de contatos.
Cobertura do Correio Braziliense
Quer ficar por dentro sobre as principais notícias do Brasil e do mundo? Siga o Correio Braziliense nas redes sociais. Estamos no Twitter, no Facebook, no Instagram, no TikTok e no YouTube. Acompanhe!