Vinte e duas pessoas morreram em dezenas de incêndios florestais no centro-sul do Chile, atingido por uma onda de calor intensa, segundo relatório apresentado neste sábado por autoridades.
Segundo a ministra do Interior, Carolina Tohá, também há 554 feridos, 16 deles em estado grave. Dez pessoas estavam desaparecidas.
A ministra informou que, dos 251 incêndios ativos hoje, 76 tiveram início na véspera. Diante dessa situação, que está fora de controle, o governo do presidente Gabriel Boric decretou estado de catástrofe constitucional na região de La Araucanía, que se soma às de Ñuble e Biobio.
A declaração de catástrofe permite dispor de recursos adicionais para controlar a emergência, restringir a circulação de pessoas e usar as forças militares para conter o desastre.
"Acabo de conversar com o presidente Alberto Fernández para coordenar e agradecer o apoio da Argentina no combate aos incêndios. Além de brigadistas, receberemos maquinário. Estamos gerenciando apoio de diferentes países para enfrentar a emergência", publicou Boric no Twitter.
Segundo Carolina Tohá, o governo do Chile coordena ajuda com Brasil, Uruguai, México e Espanha. “Estamos nos tornando um dos territórios mais vulneráveis a incêndios, devido, principalmente, à evolução das mudanças climáticas em nosso território. Isso faz com que o que parecia uma situação extrema três anos atrás seja superado ano após ano", ressaltou. "Foi queimado em uma semana no Chile o que era queimado em um ano inteiro."
Os incêndios ocorrem em meio a uma onda de calor extremo, o que faz com que as autoridades temam um desastre como o do começo de 2017, quando um grande incêndio florestal deixou 11 mortos, cerca de 6.000 vítimas, destruiu mais de 1.500 casas e afetou 467.000 hectares de terra.
Assim como naquele ano, os focos de incêndio começaram em áreas agrícolas e florestas, e avançaram até ameaçar e afetar zonas povoadas.
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