Província canadense testa descriminalização de drogas, como heroína e cocaína

Adultos em posse de até 2,5g (no total) dos entorpecentes liberados para consumo próprio não serão presos nem multados pelo governo. A medida visa diminuir o estigma associado ao uso de drogas, que impede que a dependência seja vista como um problema de saúde pública e desestimula que usuários busquem ajuda

Unsplash/Colin Davis

Uma província canadense iniciou, nesta terça-feira (31/1), a terceira fase de um experimento que testa a descriminalização de pequenas quantidades de drogas, como heroína e cocaína.

O experimento na Colúmbia Britânica, uma província de 5 milhões de habitantes no extremo oeste do Canadá, inclui o uso de opioides (como heroína, morfina e fentanil), crack e cocaína em pó, metanfetamina e MDMA (ecstasy) em pequenas quantidades.

Inicialmente, a regulamentação terá validade pelos próximos 3 anos, até 31 de janeiro de 2026. Confira o documento na íntegra.

Nesse período, adultos em posse de até 2,5g (no total) dos entorpecentes liberados para consumo próprio não serão presos nem multados pelo governo. A droga também não será apreendida. Os traficantes, no entanto, continuarão sujeitos a processos penais.

De acordo com as regras, os usuários deverão ser orientados pelas autoridades a entrarem em programas de tratamento para dependentes químicos. A ministra de Saúde Mental e Dependências do Canadá, Carolyn Bennett, afirmou que "a situação nunca foi mais urgente".

"Os efeitos dessa crise de saúde pública têm devastado comunidades na Colúmbia Britânica e em todo o Canadá", completou, sugerindo que outros lugares também deveriam adotar a medida. Ainda segundo o governo, a medida visa diminuir o estigma associado ao uso de drogas, que impede que a dependência seja vista como um problema de saúde pública e desestimula que usuários busquem ajuda.