Forbidden Stories

Empresa clandestina manipulou eleições pelo mundo, com foco na África

Durante vários meses, três jornalistas da rede se fizeram passar por possíveis clientes para coletar informações da empresa

Correio Braziliense
postado em 18/02/2023 06:00
 (crédito: Reprodução/Internet)
(crédito: Reprodução/Internet)

Investigação realizada pela rede de jornalistas Forbidden Stories (Histórias Proibidas, em tradução literal) revelou que uma empresa clandestina de manipulação eleitoral nas redes sociais foi usada para influenciar dezenas de eleições em todo o mundo, principalmente na África. Sem existência legal, a companhia, chamada de "Team Jorge" pelos jornalistas, é composta de ex-membros dos serviços de segurança israelenses.

Segundo apurou o Forbidden Stories, a empresa esteve envolvida em "33 campanhas eleitorais em nível presidencial", inclusive na Espanha e no México. "As tecnologias repressivas israelenses são uma ameaça para o mundo, não apenas para os palestinos", reagiu, ontem, o movimento Boicote a Israel (BDS).

Durante vários meses, três jornalistas da rede se fizeram passar por possíveis clientes para coletar informações da empresa. Descobriram que o principal era um homem de 50 anos, Tal Hanan, que usou o pseudônimo Jorge quando atuava como agente das forças especiais de Israel.

Para suas atividades, a Team Jorge desenvolveu "durante seis anos uma plataforma digital", a AIMS, que lhe permitia criar inúmeras contas falsas nas redes sociais e, sobretudo, ativá-las e alimentá-las. Desde o mês passado, o sistema explorou 39.213 perfis falsos, "que poderiam ser consultados em uma espécie de catálogo". Nele, há "avatares de todas as etnias, nacionalidades, gêneros, solteiros, ou casados... Seus rostos são retratos de pessoas reais tirados da Internet, e seus patronímicos, a combinação de milhares de nomes e sobrenomes próprios armazenados em um banco de dados", de acordo com a Rádio France, onde trabalha um dos repórteres infiltrados.

Para demonstrar a eficácia de uma de suas ferramentas, Jorge assumiu o controle dos sistemas de mensagens de autoridades africanas de alto escalão, segundo a investigação.

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