Pela primeira vez, em 2023, os adultos americanos passarão mais tempo assistindo a vídeos digitais em plataformas como Netflix, TikTok e YouTube do que à televisão tradicional, diz um estudo da Insider Intelligence publicado nesta quarta-feira (15).
"As pessoas estão gastando cada vez mais tempo assistindo a vídeos em suas telas grandes e pequenas, seja um filme em uma TV conectada (à Internet) ou um vídeo transmitido massivamente em aplicativos", diz Paul Verna, analista da empresa americana.
Segundo os autores do estudo, os adultos americanos passarão em média 3 horas e 11 minutos por dia assistindo a vídeos na internet este ano, enquanto o tempo que eles passam assistindo à televisão (cabo, satélite, DVD etc) será de menos de 3 horas.
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Esses dados refletem apenas os hábitos dos adultos. A tendência é que no futuro isso se acentue devido ao gosto que os adolescentes têm por vídeos na Internet. As plataformas de streaming, que transmitem cada vez mais competições esportivas, são as principais responsáveis por essa transição.
YouTube (Google) e Netflix lideram a mudança de cenário, com uma média de 33 minutos por dia em cada um. Eles são seguidos por Hulu (24 minutos), Amazon (11 minutos) e Disney+ (8 minutos).
O aplicativo TikTok, cujo uso disparou durante a pandemia, não apenas entre os adolescentes, devora boa parte do mercado televisivo, dos serviços de streaming e de outras redes sociais.
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"Se levarmos em conta apenas os usuários adultos de redes sociais e o YouTube, o TikTok já superou todos eles em termos de tempo gasto em cada plataforma", diz o estudo. "A batalha entre TikTok e Netflix será grande", disse Jasmine Enberg, analista da Insider Intelligence.
"A linha entre o social e o entretenimento está se confundindo", explicou. "Os esforços do TikTok para incentivar os criadores a enviar vídeos mais longos, transmissões ao vivo e músicas, mantêm os usuários na plataforma por mais tempo. O crescimento do tempo gasto na Netflix, enquanto isso, está estagnado".
Para Enberg, Elon Musk, dono do Twitter, tem razão ao incentivar a publicação de vídeos na rede social, principalmente de youtubers. Mas seus esforços serão inúteis "se ele não puder evitar a queda no número de usuários", afirmou.
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