Uma sucessão de resgates de sobreviventes vem comovendo moradores das áreas afetadas pelo forte terremoto que atingiu a Turquia e a Síria na semana passada. Ontem, três jovens foram retirados com vida dos escombros de edifícios que desabaram em cidades turcas, após ficarem presos por mais de 198 horas. Até a noite de ontem, a tragédia já havia deixado um número superior a 35 mil mortos nos dois países.
Emissoras de televisão locais transmitiram ao vivo o momento em que os irmãos Muhammed Enes e Abdulbaki Yeniar, de 17 e 20 anos, respectivamente, foram salvos em Kahramanmarash. Eles foram enviados a hospitais, com diferentes graus de ferimentos. Não passou muito tempo, socorristas também conseguiram tirar dos escombros Muhammed Cafer Çetin, 18 anos, na cidade de Adiyaman.
Os resgates dos jovens ocorreram oito dias depois do desabamento de milhares de edifícios em dez províncias da Turquia, onde pelo menos 80 mil sobreviventes foram localizados entre os escombros.
Por causa do longo período, esses salvamentos vêm sendo encarados como verdadeiros milagres — segundo os especialistas, passadas 72 horas de catástrofes do tipo, é muito difícil encontrar pessoas com vida.
Diante disso, as buscas pararam em vários locais e muitas equipes estrangeiras voltaram para os países de origem. No lugar das equipes de resgate, máquinas pesadas começaram a retirar os destroços dos edifícios que desabaram.
O governo turco, bastante criticado pela resposta à tragédia, vem se desdobrando para atender as dezenas de milhares de pessoas que perderam suas casas. De acordo com o vice-presidente da Turquia, Fuat Oktay, até o início da madrugada de ontem, campos com tendas de campanha haviam sido montados em 257 pontos nas regiões mais castigadas.
Além disso, disse Oktay, foi completada a infraestrutura de 27 "cidades" de contêineres, com o objetivo de alocar de 150 mil a 200 mil desses equipamentos. "Há cerca de 20 mil pessoas alojadas", afirmou Oktay.
Para a Organização Mundial de Saúde (OMS) o terremoto da semana passada é o pior desastre natural na região da Europa em um século. "E ainda estamos medindo sua escala", disse Hans Kluge, diretor da agência para essa área, que abrange 53 países, incluindo Turquia e países da Ásia Central. "Seu verdadeiro custo ainda não é conhecido e levará muito tempo e esforço para se recuperar e curar", acrescentou o especialista.
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