Pouco mais de 19 horas após o terremoto de magnitude 7,8 abalar o sudeste da Turquia e o norte da Síria, autoridades governamentais dos dois países anunciaram que foram confirmadas 3.609 mortes em decorrência do fenômeno. O tremor ocorreu na madrugada desta segunda-feira (6/2), com origem na Turquia, mas atingiu os países vizinhos — o território sírio foi o que mais sentiu o abalo.
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Na última atualização feita pelo governo turco, por volta das 23h30 (17h30 no horário de Brasília), o número de mortos era de 2.316 — o de feridos passou a marca de 13,2 mil. O país sofreu um segundo terremoto após o tremor de magnitude 7,8: nove horas após o primeiro incidente, os turcos sofreram um abalo sísmico de força de 7,5. No fim da noite, por volta das 23h37, os turcos registraram um terceiro terremoto com magnitude de 5,5 em Pazarcik, província de Kahramanmaras.
Segundo o diretor-geral do órgão de defesa civil e redução de riscos (Afad), Orhan Tatar, "infelizmente, o número de mortos e feridos está aumentando". "O quadro é muito pesado, estamos diante de dois grandes terremotos diferentes que se espalharam por uma geografia muito ampla. Até agora foram contabilizados 5.606 edifícios destruídos", comunicou Orhan em uma entrevista coletiva veiculada pela agência turca Anka.
O representante do governo também lamentou as mortes. "Mais uma vez desejamos a misericórdia de Deus para com nossos cidadãos. Nossas condolências à nossa nação e seus familiares", declarou. As autoridades também informaram que 10.176 socorristas trabalham para vasculhar os escombros atrás de pessoas nas regiões afetadas.
Síria: mais de 1,3 mil pessoas mortas
O número de vítimas em território sírio não é consolidado, isso porque uma parte do país é coordenada pelos denominados "rebeldes", que lutam contra o presidente Bashar al-Assad. No entanto, informações apuradas pelo jornal Aljazeera, que cobre o Oriente Médio — território no qual se localizam Turquia e Síria —, o terremoto fez, até o momento, 1.293 vítimas fatais.
Nas áreas controladas pelo governo, o Ministério da Saúde do país informou ao Aljazeera que 593 pessoas foram mortas na região das províncias de Aleppo, Latakia, Hama e Tartus. Outros 1.411 estão feridos.
Já no noroeste do país, região comandada por rebeldes, o grupo de resgate Capacetes Brancos informou que 700 pessoas morreram e mais de 2 mil ficaram feridas.
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