Peru

Manifestações contra o governo terminam em confronto no Peru

Grupo marchou contra a presidente Dina Boluarte e pelo fechamento do Congresso. Ato terminou em confronto

Correio
postado em 06/02/2023 03:55
 (crédito: ERNESTO BENAVIDES / AFP)
(crédito: ERNESTO BENAVIDES / AFP)

Manifestantes tomaram o centro de Lima, capital do Paru, nos últimos dias. Durante a marcha, o grupo protestou contra o governo da presidente Dina Boluarte e pelo fechamento do Congresso. O ato terminou em confronto entre o grupo e as forças de segurança do país.

Sindicatos de agricultores, organizações civis e grêmios estudantis das regiões andinas do sul de Cusco, Puno e também de Lima, participaram dos protestos.

"Eles não vão nos tirar dessa luta", disse Adela Paz, uma mulher de 68 anos de Cusco, que pediu "a mudança do Peru em favor do povo que trabalha", disse. A manifestante participava de um ritual ao lado da multidão na Praça Dois de Maio, que queimava a madeira sagrada Palo Santo e folhas de coca. Ao aroma resultante se atribuem propriedades purificantes.

Na tentativa de conter os protestos, a polícia utilizou gás lacrimogêneo para impedir o avanço do grupo que caminhava em direção à sede do Congresso peruano e às proximidades do Palácio do Governo.

Os manifestantes enfrentaram as forças de segurança lançando fogos de artifício, e se protegiam com capacetes e escudos improvisados.

Entre as reivindicações, estão as condições das populações indígenas que, apesar de habitarem regiões ricas em gás, agricultura e mineração, vivem na pobreza com o mínimo de direitos sociais, principalmente relacionados à educação e saúde.

Moradores das periferias de Lima chegaram cantando "sim, nós podemos", agitando bandeiras peruanas e a wiphala — a colorida bandeira quadrangular representativa das etnias andinas — constataram os repórteres da AFP.

Com cerca de 50 pessoas, outro grupo protestava de forma simultânea no centro de Lima. Identificados como a "Legião Patriótica", afirmaram defender a polícia peruana "em suas operações contra terroristas subversivos".

Bloqueio do Congresso

O protesto foi realizado um dia depois que o Congresso bloqueou os debates para antecipar as eleições gerais. Com a decisão, válida até agosto e baseada em procedimentos técnicos, o parlamento enterrou a possibilidade de renovação da Presidência e do Congresso em 2023, como pedem os manifestantes desde dezembro em protestos que deixaram 48 mortos. Até sábado, a presidente não havia se manifestado quanto à decisão.

Dani Boluarte substituiu o ex-presidente de esquerda Pedro Castillo, que foi deposto e preso em 7 de dezembro após uma tentativa fracassada de dissolver o Congresso e governar por decreto.

A intenção inicial de Boluarte era completar o mandato de Castillo até 2026, mas antes da eclosão das mobilizações, ela pediu ao Congresso a antecipação das eleições.

(Com informações da AFP)

 

Notícias no celular

O formato de distribuição de notícias do Correio Braziliense pelo celular mudou. A partir de agora, as notícias chegarão diretamente pelo formato Comunidades, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp. Não é preciso ser assinante para receber o serviço. Assim, o internauta pode ter, na palma da mão, matérias verificadas e com credibilidade. Para passar a receber as notícias do Correio, clique no link abaixo e entre na comunidade:

 

 

Apenas os administradores do grupo poderão mandar mensagens e saber quem são os integrantes da comunidade. Dessa forma, evitamos qualquer tipo de interação indevida. Caso tenha alguma dificuldade ao acessar o link, basta adicionar o número (61) 99666-2581 na sua lista de contatos.

Cobertura do Correio Braziliense

Quer ficar por dentro sobre as principais notícias do Brasil e do mundo? Siga o Correio Braziliense nas redes sociais. Estamos no Twitter, no Facebook, no Instagram, no TikTok e no YouTube. Acompanhe!

 

 

 

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

CONTINUE LENDO SOBRE