Um balão que sobrevoa os Estados Unidos nesta semana está rendendo muitas teorias de autoridades norte-americanas. A principal delas é que o balão representa uma ameaça, sendo uma espécie de "espião" enviado pela China.
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A notícia do balão espião foi divulgada inicialmente pelo diretor da CIA, William Burns, enquanto discursava em um evento na Universidade de Georgetown, em Washington, onde chamou a China de “o maior desafio geopolítico” enfrentado pelos EUA.
O fato foi confirmado pelo porta-voz do Pentágono, o brigadeiro Patrick Ryder, a repórteres, que completou dizendo que “o balão está atualmente voando a uma altitude bem acima do tráfego aéreo comercial e não representa uma ameaça militar ou física para as pessoas no solo".
Mesmo sem saber se o objeto realmente traz perigo, o Pentágono decidiu por precaução, cancelar os voos do aeroporto internacional Billings Logan, em Montana, na quarta-feira (1/2).
O Ministério da Defesa do Canadá se manifestou e disse que um “balão de vigilância de alta altitude” foi localizado e que estavam monitorando um “segundo potencial incidente”, sem dar mais informações, acrescentando que estava em contato frequente com os EUA.
Viagem de Blinken à China é cancelada
O balão foi visualizado dias antes de uma viagem planejada a Pequim, capital da China, pelo secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, o que fortaleceu a teoria. Em resposta, jatos de combate foram mobilizados, mas líderes militares aconselharam o presidente Joe Biden a não atirar no balão no céu por temer que os destroços representassem uma ameaça à segurança, o Presidente acatou o conselho. Após a situação com o balão, a viagem de Blinken foi cancelada.
Desta forma, o País assumiu a “guarda” do balão quando ele entrou no espaço aéreo dos EUA, e agora está sendo monitorado por aeronaves militares norte-americanas pilotadas, disse uma das autoridades a repórteres sob condição de anonimato.
A China está espionando os EUA?
Em resposta às acusações, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, disse que Pequim estava “verificando” a situação, e que até que os fatos fossem esclarecidos, as especulações e o exagero dos EUA não seriam úteis para resolver a questão", a resposta veio por meio de um diário regular em Pequim, nesta sexta-feira (3/2), acrescentando que a China cumpre a lei internacional.
“A China não tem intenção de violar o território terrestre e o espaço aéreo de nenhum país soberano”, disse a porta-voz.
Segundo autoridades dos EUA que levantaram o assunto com seus colegas chineses, por meio de canais diplomáticos, o assunto foi levado com seriedade e que o balão foi avaliado como tendo “valor aditivo limitado do ponto de vista da coleta de informações”.
O balão está atualmente viajando a uma altitude bem acima do tráfego aéreo comercial e não representa uma ameaça militar ou física para as pessoas no solo, disse o Pentágono em comunicado.
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