Alemanha, Bélgica e Luxemburgo "desaconselham" viagens não essenciais à China diante de um surto sem precedentes de infecções por covid-19 nos últimos três anos, anunciaram os três países europeus neste sábado (07).
"Atualmente, estamos desaconselhando viagens não essenciais para a China. O motivo é o pico de infecções por covid e o sistema de saúde sobrecarregado", informou o centro de reação rápida do Ministério das Relações Exteriores da Alemanha no Twitter.
As autoridades belgas complementaram a recomendação: "Devido ao risco de saturação dos hospitais e de não poder ser atendido rapidamente em caso de emergência, as viagens não essenciais continuam sendo desaconselhadas", disse o site do Ministério das Relações Exteriores da Bélgica.
"Luxemburgo compartilha da opinião da Alemanha e atualmente desaconselha viagens não essenciais à China", anunciou o Ministério das Relações Exteriores do pequeno país europeu em comunicado divulgado na tarde deste sábado.
A China enfrenta uma onda de infecções não vista há três anos. A União Europeia (UE) pediu nesta semana a seus Estados-membros que imponham uma triagem realizada na China, antes do voo. Também incentivou os 27 países do bloco a realizarem "testes aleatórios" na chegada ao solo europeu.
Vários países, como Estados Unidos e Japão, já adotaram medidas semelhantes.
Apesar do aumento nas infecções, as autoridades chinesas irão pôr fim no domingo (08) às quarentenas obrigatórias para quem chega ao país, além de voltar a permitir que os chineses viajem ao exterior após três anos de limitações.
Na terça-feira, a China condenou a imposição de testes anticovid por alguns países, o que classificou como "inaceitável" e ameaçou adotar "contramedidas".
A Organização Mundial da Saúde (OMS) denuncia os controversos métodos de Pequim para contabilizar as vítimas do coronavírus.
Embora os hospitais e crematórios chineses estejam sobrecarregados, as autoridades relatam baixos números de mortes relacionadas à covid-19.