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Igreja Católica

Católicos de Jerusalém lamentam a morte do papa Bento XVI

Em frente à Basílica do Santo Sepulcro, Matteo Sassano, seminarista italiano de 33 anos, afirmou ter rezado pela memória do papa emérito, falecido na véspera aos 95 anos.

Jerusalém, Indefinido - Os sinos das igrejas tocaram, neste domingo (1º), na Cidade Velha de Jerusalém, onde fiéis católicos lamentaram a morte do papa emérito Bento XVI.

Em frente à Basílica do Santo Sepulcro, construída segundo a tradição cristã no local onde Jesus foi crucificado, sepultado e ressuscitado, Matteo Sassano, seminarista italiano de 33 anos, afirmou ter rezado pela memória do papa emérito, falecido na véspera aos 95 anos.

"Ele foi um grande papa (...) e um grande companheiro do Papa Francisco", afirmou, referindo-se a Bento XVI.

Após sua morte, o Patriarca Latino de Jerusalém , Pierbattista Pizzaballa, convocou todos os sacerdotes para celebrar uma missa em memória de Bento XVI.

"[Pedimos] a todas as igrejas e mosteiros que toquem os sinos, como é nossa tradição. Pedimos também a todos os padres que celebrem uma Santa Missa pelo descanso de sua alma. Que o Senhor lhe conceda o descanso eterno", declarou Pizzaballa.

A Terra Santa e Jerusalém recebem milhares de peregrinos católicos todos os anos.

Ele era um "homem de paz", disse à AFP Don Faller, um americano de 65 anos. No entanto, admitiu estar "mais ou menos de acordo" com a abordagem tradicionalista de Bento XVI, que atraiu críticas de dentro da Igreja.

Bento XVI estava, segundo ele, “na continuidade do catolicismo à moda antiga, ou seja, muito conservador”.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou no sábado que Bento XVI era "um verdadeiro amigo do Estado de Israel e do povo judeu".

Por sua parte, o presidente palestino, Mahmoud Abbas, elogiou um homem que "apoiou a liberdade e a independência do povo palestino".