Campala, Uganda - Pelo menos nove pessoas morreram, e várias ficaram feridas, em um tumulto em um shopping em Kampala, capital de Uganda, durante a celebração do Ano Novo — informou a polícia neste domingo (1º).
A confusão aconteceu após os fogos de artifício do lado de fora do shopping Freedom City, no sul da cidade africana, causando "a morte instantânea de cinco pessoas e ferindo muitas outras", disse o porta-voz da Polícia Nacional, Luke Owoyesigyire.
Outras quatro pessoas morreram a caminho do hospital, "em grande parte, por asfixia", continuou.
"Os socorristas chegaram ao local e levaram os feridos para o hospital, onde se confirmou a morte de nove pessoas no total", completou.
O porta-voz da polícia relatou que havia "jovens" entre as vítimas e se referiu a atos de "imprudência e negligência".
O porta-voz da polícia de Kampala, Patrick Onyango, corrobou essa informação e disse à AFP que a maioria das vítimas eram "jovens de 10, 11, 14 e 20 anos".
'Foi o caos'
"Há vários feridos, e nossa equipe de investigação está fazendo um acompanhamento para obter o número exato e os dados completos dos falecidos, e estamos entrando em contato com seus familiares", afirmou Onyango.
"O evento começou bem, até o momento em que fomos ver os fogos de artifício", contou Sylvia Nakalema, uma empresária de 27 anos, à AFP.
"Havia uma multidão enorme. As pessoas começaram a se empurrar (...), o que fez alguns caírem mno chão, e aí começou a correria. Havia crianças chorando e era o caos", lembra.
"Sobrevivi porque fui empurrada para um canto pela multidão. Teve uma hora que senti que estava ficando sem respirar, mas fiquei parada, porque não tinha para onde ir até a situação acalmar. Algumas pessoas já estavam no chão, ofegantes", descreveu.
O canal de televisão NTV transmitiu imagens, que mostraram várias famílias reunidas em um necrotério da capital.
Em 2009, um episódio parecido em um parque de diversões em Kansanga, uma cidade perto de Kampala, deixou um morto e três feridos.
Essas celebrações de Ano Novo em Uganda, país localizado na África Central, foram as primeiras em três anos, após a suspensão das restrições impostas pela pandemia de covid-19 e por problemas de segurança.