O chanceler alemão, Olaf Scholz, reafirmou neste domingo (29/1) que a Alemanha não vai permitir que a guerra na Ucrânia escale para um conflito entre a Rússia e a Otan, após se reunir com o presidente chileno, Gabriel Boric, em Santiago, durante seu giro pela América do Sul.
"Temos contribuído para que não haja uma escalada do conflito porque isso teria consequências graves para todo o mundo. Isso levaria, por exemplo, a uma guerra entre a Rússia e a Otan. Isso não vai acontecer, vamos evitá-lo com todos os nossos esforços, temos conseguido até agora e continuaremos fazendo isso", disse o chefe de governo alemão.
Após declarar em uma entrevista a um veículo alemão, neste domingo, que não enviaria aviões de combate à Ucrânia, após ter prometido mandar 14 tanques Leopard 2, o chanceler alemão explicou em Santiago que, juntamente com o presidente americano, Joe Biden, "rejeitamos enviar tropas à Ucrânia" a fim de evitar uma escalada do conflito.
"Trata-se de apoiar a Ucrânia, trata-se de ter um debate sério para tomar as decisões que tiverem que ser tomadas e não deveria ser uma competição de quem envia mais armas", explicou Scholz.
O líder alemão lembrou que a Alemanha "deu apoio, assim como outros países, de forma financeira, de forma humanitária e também (com) envios de armas, é nossa obrigação".
"Não existe um país que apoie mais a Ucrânia do que a Alemanha", acrescentou.
Boric, por sua vez, informou que fará uma videochamada em breve com o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, e reafirmou seu compromisso de apoiar "na questão da desminagem", assim que a guerra acabar e "contribuir multilateralmente para a paz".
"Vamos defender sempre o multilateralismo, a resolução pacífica dos conflitos e a vigência dos direitos humanos", disse o presidente chileno.
O giro de Scholz pela América do Sul começou no sábado na Argentina, onde se reuniu com o presidente Alberto Fernández. Na segunda-feira, o chanceler alemão se reunirá em Santiago com empresários chilenos e alemães.
Depois deste encontro, Scholz seguirá para o Brasil e se tornará o primeiro líder das potências ocidentais a se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva desde que assumiu o terceiro mandato, em 1º de janeiro.
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