COLÔMBIA

Colômbia irá reparar vítimas de repressão policial em protestos de 2021

Entre abril e junho de 2021, centenas de milhares de pessoas foram às ruas para se manifestar contra o aumento de impostos para a classe média durante a fase mais grave da pandemia

Agence France-Presse
postado em 28/01/2023 15:03 / atualizado em 28/01/2023 15:03
 (crédito: LUIS ROBAYO / AFP)
(crédito: LUIS ROBAYO / AFP)

A Colômbia se comprometeu perante a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) a reparar as vítimas da repressão policial nos protestos antigovernamentais de 2021, disse o presidente Gustavo Petro nesta sexta-feira (27/1).

O presidente de esquerda, que como senador apoiou as manifestações contra seu antecessor, o conservador Iván Duque (2018-2022), fez o anúncio no Twitter.

"Reuni-me com a Comissão Interamericana de Direitos Humanos para examinar suas recomendações sobre o surto social de 2020/21. O Estado se compromete a reparar as vítimas que deixou por ocasião da repressão que desencadeou contra o movimento social", afirmou.

Delegados da CIDH visitaram Bogotá para acompanhar a resposta do Estado colombiano às suas recomendações após os distúrbios que deixaram mais de 60 mortos.

Entre abril e junho de 2021, centenas de milhares de pessoas foram às ruas para se manifestar contra o aumento de impostos para a classe média durante a fase mais grave da pandemia.

O mal-estar provocou a saída do ministro da Fazenda, promotor da proposta que teve de ser retirada pelo governo, e colocou o presidente Duque em xeque. A comunidade internacional rejeitou a violência policial contra os manifestantes.

Em 2021, a CIDH criticou o governo pela resposta "desproporcional" e "letal" do esquadrão de choque e apresentou um relatório de 48 páginas denunciando violações dos direitos humanos.

Durante a apresentação do relatório nesta sexta, a presidente da Comissão, Julissa Mantilla, destacou os "avanços nas investigações de crimes cometidos" por uniformizados e civis.

Petro apoiou os manifestantes, vários deles jovens sem estudos e sem trabalho, como líder da oposição.

Ao chegar ao poder, em agosto de 2022, pediu a suspensão dos mandados de prisão dos detidos em meio aos protestos em troca da prestação de serviços humanitários. A oposição rejeitou a iniciativa, considerando-a benevolente para os "terroristas".

Cobertura do Correio Braziliense

Quer ficar por dentro sobre as principais notícias do Brasil e do mundo? Siga o Correio Braziliense nas redes sociais. Estamos no Twitter, no Facebook, no Instagram, no TikTok e no YouTube. Acompanhe!

 

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação

CONTINUE LENDO SOBRE