A Colômbia se comprometeu perante a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) a reparar as vítimas da repressão policial nos protestos antigovernamentais de 2021, disse o presidente Gustavo Petro nesta sexta-feira (27/1).
O presidente de esquerda, que como senador apoiou as manifestações contra seu antecessor, o conservador Iván Duque (2018-2022), fez o anúncio no Twitter.
"Reuni-me com a Comissão Interamericana de Direitos Humanos para examinar suas recomendações sobre o surto social de 2020/21. O Estado se compromete a reparar as vítimas que deixou por ocasião da repressão que desencadeou contra o movimento social", afirmou.
Delegados da CIDH visitaram Bogotá para acompanhar a resposta do Estado colombiano às suas recomendações após os distúrbios que deixaram mais de 60 mortos.
Entre abril e junho de 2021, centenas de milhares de pessoas foram às ruas para se manifestar contra o aumento de impostos para a classe média durante a fase mais grave da pandemia.
O mal-estar provocou a saída do ministro da Fazenda, promotor da proposta que teve de ser retirada pelo governo, e colocou o presidente Duque em xeque. A comunidade internacional rejeitou a violência policial contra os manifestantes.
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Em 2021, a CIDH criticou o governo pela resposta "desproporcional" e "letal" do esquadrão de choque e apresentou um relatório de 48 páginas denunciando violações dos direitos humanos.
Durante a apresentação do relatório nesta sexta, a presidente da Comissão, Julissa Mantilla, destacou os "avanços nas investigações de crimes cometidos" por uniformizados e civis.
Petro apoiou os manifestantes, vários deles jovens sem estudos e sem trabalho, como líder da oposição.
Ao chegar ao poder, em agosto de 2022, pediu a suspensão dos mandados de prisão dos detidos em meio aos protestos em troca da prestação de serviços humanitários. A oposição rejeitou a iniciativa, considerando-a benevolente para os "terroristas".
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