Um tribunal egípcio condenou neste domingo, 15, à prisão perpétua 38 pessoas, incluindo um empresário autoexilado cujas postagens nas redes sociais ajudaram a desencadear protestos antigovernamentais.
Os protestos públicos são raros no Egito, onde o presidente Abdel Fattah el-Sissi supervisionou uma ampla repressão aos dissidentes. Mas uma série de vídeos e outras postagens de mídia social do empresário egípcio Mohamed Ali, que agora mora na Espanha, levou a manifestações de rua em setembro de 2019 sobre alegações de corrupção e outras questões.
Vinte e três dos condenados à prisão perpétua foram julgados à revelia, incluindo Ali, de acordo com um tribunal criminal egípcio que lida com casos relacionados ao terrorismo.
O tribunal também condenou outras 44 pessoas, incluindo crianças, a penas que variam de cinco a 15 anos de prisão pelas mesmas acusações. Vinte e um foram absolvidos, segundo o advogado de defesa Ossama Badawi.
Os sentenciados foram condenados por um conjunto de acusações que incluíam incitar a violência contra as forças de segurança e instituições do Estado. O caso surgiu dos protestos de 2019 na cidade portuária de Suez, que fica na foz do Canal de Suez.
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