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Ambição e pragmatismo

Correio Braziliense
postado em 08/01/2023 06:00
 (crédito: Fotos: Arquivo pessoal)
(crédito: Fotos: Arquivo pessoal)

Enquanto comandava o grupo republicano de apoiadores de Donald Trump na Câmara dos Representantes, ao longo de quase nove anos, Kevin McCarthy era considerado tímido, pouco favorável ao ex-presidente e sem convicções próprias. Oriundo de uma posição republicana clássica, focada na defesa do livre mercado e da meritocracia, ele apoiou a guinada à direita do partido em questões como imigração, criminalidade e contra os direitos dos transexuais.

Nascido em 1965 em Bakersfield, reduto republicano no coração da Califórnia, McCarthy é filho de um bombeiro e de uma dona de casa, ambos democratas. Em seu site, ele destaca as origens populares e promete "defender o sonho americano para aqueles que trabalham duro". Depois de abrir uma lanchonete, aos 21 anos, McCarthy retomou os estudos universitários para se tornar primeiro um assistente parlamentar, depois um político local e, finalmente, ser eleito para a Câmara dos Representantes em 2006.

Apoiador de Trump nas primárias de 2015, ele inicialmente apoiou a campanha do magnata contra os resultados das eleições de 2020. Mais tarde, abalado pela repercussão do ataque ao Capitólio, em 6 de janeiro de 2021, rapidamente declarou que Trump "tinha responsabilidade" pela violência. Uma semana depois, foi fotografado aos sorrisos com Trump nos salões dourados de Mar-a-Lago, a residência do ex-presidente na Flórida. "McCarthy se vende para todo mundo há décadas", disparou um dos líderes dos conservadores rebeldes na Câmara, Matt Gaetz. Na ambição pelo poder, o pragmatismo parece ser sua guia mestra.

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