CHINA

Com sistema sobrecarregado, chineses queimam parentes mortos por covid

As casas funerárias aproveitaram o momento para aumentar o custo das cremações, em meio ao crescimento da demanda

Luísa Mariana Moura*
postado em 05/01/2023 13:49
 (crédito: Reprodução/Twitter @jenniferzeng97)
(crédito: Reprodução/Twitter @jenniferzeng97)

Os casos de covid-19 em cidades chinesas tiveram aumento repentino nas últimas semanas, lotando os hospitais e crematórios, causando sobrecarga. Apesar disso, a China afirma que apenas 5.000 pessoas morreram infectadas pelo vírus desde o fim dos rígidos controles impostos à população.

Em um vídeo publicado nas redes sociais, um caixão de madeira é visto em chamas em uma área rural. Em outro, um grupo de pessoas aparece ao redor do fogo em um estacionamento. Cenas do tipo estão sendo vistas principalmente em Pequim, onde o governo municipal suspendeu a política de covid zero no mês passado. 

 

As casas funerárias ‘aproveitaram’ o momento para aumentar o custo das cremações, em meio ao crescimento da demanda. Xangai apresenta o maior número de casos desta onda de covid-19 na China.

De acordo com dados, uma cremação na capital chinesa pode ser organizada em três dias a um custo de 68 mil yuans (R$ 53,8 mil), enquanto um serviço no mesmo dia custaria 88 mil (R$ 69,7 mil).

Nova metodologia de contagem 

Apesar da onda de casos, o país registra oficialmente poucas mortes ligadas à covid-19 em razão de uma polêmica mudança na metodologia de contagem. Agora, apenas as pessoas que morrem em decorrência direta de insuficiência respiratória ligada ao coronavírus são contabilizadas nas estatísticas.

Cerca de 15 países e territórios impuseram novas restrições sanitárias para o ingresso de viajantes procedentes da China, país mais populoso do mundo e que enfrenta um surto de covid-19 após flexibilizar sua rígida política sanitária. A lista inclui Estados Unidos, União Europeia, Reino Unido, Japão, índia, entre outros. 

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