Reduzir as chances de rompimento da camisinha e usar na prática de sexo anal. Essa é a justificativa do Ministério da Saúde de Buenos Aires, na Argentina, para gastar 500 milhões de pesos argentinos (R$ 15 milhões) na compra de um gel lubrificante sexual.
Intitulado "Haceme tuyo" ("faça-me seu", em tradução livre do espanhol), o programa do governo de distribuição de lubrificantes tem causado polêmica entre os hermanos. Segundo o jornal "El Clarin", a província de Buenos Aires pagou US$ 500 por cada pote, numa compra total de um milhão de unidades, em convênio firmado com a empresa Farmacoop.
Ainda de acordo com o periódico, a primeira compra foi feita em outubro de 2021 e teve o aval de cinco órgãos de controle. No final de 2022, o Ministério da Saúde solicitou uma realocação de orçamento para aumentar a quantidade de potes do lubrificante sexual.
Sobre o programa, o ministro da Saúde de Buenos Aires, e responsável pela iniciativa, Nicolás Kreplak, usou o Twitter para celebrar o aumento nas buscas pelo "gel lubrificante".
Agradezco a las y los impresentables y cuestionadores de siempre que nos ayudan a profundizar el alcance y la divulgación de la ESI. Hoy más argentinos y argentinas conocen para qué sirve y cómo usar un gel lubricante. Más información es más acceso y prevención. pic.twitter.com/iHoZTe8sCO
— Nicolás Kreplak (@nkreplak) January 4, 2023
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Crítica
O gasto com o programa "Haceme tuyo" é criticada pela oposição, que relacionou da política instaurada pelo Ministério da Saúde de Buenos Aires com a corrente "Kirchnerismo". "Novo programa 'faça-me seu'. Axel Kicillof [governador da província de Buenos Aires] gastou 500 milhões [de pesos argentinos] para comprar potes de gel íntimo. Acredite ou não, essas são as prioridades do kirchnerismo", escreveu o deputado Diego Santilli, no Twitter.
Nuevo programa "Haceme tuyo" de @Kicillofok : gastó $500 millones para comprar potes de gel íntimo. Aunque no lo creas, esas son las prioridades del kirchnerismo.
— Diego Santilli (@diegosantilli) January 3, 2023
O ministro Kreplak, que também é médico sanitarista, rebateu as críticas e disse que a compra do produto é uma iniciativa de cuidado com a população.
"Estamos gerindo, cumprindo a lei e cuidando da nossa população. A aquisição de itens de prevenção e cuidados com a saúde sexual não é novidade. Sempre foi feito e todos os insumos têm que ser fornecidos pelo Estado."
"Este produto no mercado é vendido por quase US$ 2.000 e nosso preço de referência é de US$ 500. O gel de 2 gramas [em sachê] sempre foi entregue junto com a camisinha, mas nem toda a população usa os dois elementos. Os potes de 100 gramas serão entregues a quem precisar, evitando o descarte", completou ele numa série de tuites publicados nesta terça-feira (3).
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