Intensificada no último fim de semana, a tempestade de inverno mais rigorosa em décadas nos Estados Unidos causou, até a noite de ontem, a morte de 47 pessoas em nove estados — 25 delas no condado de Erie, no estado de Nova York. De acordo com autoridades, o fenômeno, já chamado de "nevasca do século", deve persistir pelo menos até amanhã.
"É cedo demais para dizer que acabou", afirmou a governadora de Nova York, Kathy Hochul, ao visitar a cidade de Buffalo, fortemente atingida. Segundo ela, ainda se espera a queda de mais 30cm de neve. "É claramente a tempestade de neve do século", assinalou, advertindo: "Ainda é perigoso estar fora de casa."
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Acostumada ao frio congelante e às nevascas, a região oeste do estado de Nova York está enterrada sob um manto pesado de neve, enfrentando temperaturas polares desde a semana passada. Na fronteira com o Canadá, Erie é uma das áreas mais atingidas.
No domingo à noite, o condado registrava 13 óbitos. Ontem, mais 12 mortes foram confirmadas. Algumas pessoas foram encontradas mortas em seus automóveis e outras tiveram parada cardíaca ao tentarem limpar a neve sob temperaturas ainda muito baixas.
"Meu coração está com aqueles que perderam entes queridos nesse fim de semana de feriado", tuitou Joe Biden, presidente dos EUA. Ele entrou em contato com a governadora de Nova York e se comprometeu a fornecer os recursos federais necessários.
Segunda maior cidade do estado, Buffalo ainda estava, em grande parte, debaixo de neve ontem. "Por favor, se não fizerem parte dos serviços de emergências, não dirijam", pediu a autoridade máxima local, Mark Poloncarz. Membros da Guarda Nacional e outros socorristas resgataram centenas de pessoas de carros cobertos de neve e de casas sem energia elétrica. "É desesperador receber ligações de famílias com crianças que dizem que estão congeladas", desabafou o xerife do condado de Erie, John Garcia.
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