Jornal Correio Braziliense

Vozes afegãs

Nilofar Yousefi, ativista afegã pelos direitos das mulheres, 24 anos, asilada em Madri
Arquivo pessoal - Nilofar Yousefi, ativista afegã pelos direitos das mulheres, 24 anos, asilada em Madri

Nilofar Yousefi, 24 anos, ativista afegã pelos direitos das mulheres, asilada em Madri

"Os talibãs tomaram a vida das mulheres e sempre buscam meios de eliminá-las da sociedade. Os talibãs não são conscientes do islã, da sharia (lei islâmica) ou da religião. Eles apenas vivem para seus próprios interesses e para encherem seus bolsos. Para prejudicar a imagem do islã, o Talibã converteu as afegãs em vítimas das políticas mundiais. Não deixam que as mulheres recebam educação, a fim de que elas não tenham consciência."

Arquivo pessoal - Nadia Ghulam Dastgir, 37 anos, ativista afegã

Nadia Ghulam Dastgir, 37 anos, ativista afegã que se difarçou de menino para trabalhar durante o primeiro governo do Talibã

"O Talibã tem buscado eliminar, passo a passo, a vida das mulheres em meu país natal. Eles querem retirar todas as suas liberdades. A educação secundária feminina no Afeganistão foi muito importante porque hoje temos médicas, enfermeiras e professoras. Depois de retirar a oportunidade crucial de mulheres e meninas irem à universidade, o futuro será de escuridão para todas as afegãs."

Arquivo pessoal - Sahar Nabizada, 32 anos, ativista afegã

Sahar Nabizada, 32 anos, ativista afegã, também asilada na Espanha

"Duas décadas atrás, o Talibã não deixava as mulheres trabalharem e as meninas estudarem. Agora, acontece o mesmo. A diferença é que as afegãs não querem permanecer caladas, desejam erguer a voz. Acreditamos que o regime talibã é o mesmo que governou o país entre 1996 e 2001."

Fotos: Arquivo pessoal - Habib Marhoon, ativista afegã

Habiba Ashna Marhoon, 32 anos, ativista afegã, fundadora da ONG Coalizão da Liberdade

"A decisão de impedir as mulheres de frequentarem a universidade não é nova para o Talibã. Na última vez que ascendeu ao poder, eles proibiram as afegãs de irem à escola e à faculdade. O Talibã acredita que a educação do século 21 e o ensino universitário são pecaminosos. A única educação permitida é a islâmica."

Arquivo pessoal - Nilofar Yousefi, ativista afegã pelos direitos das mulheres, 24 anos, asilada em Madri
Arquivo pessoal - Nadia Ghulam Dastgir, 37 anos, ativista afegã
Arquivo pessoal - Sahar Nabizada, 32 anos, ativista afegã
Fotos: Arquivo pessoal - Habib Marhoon, ativista afegã