Ativista pelos direitos das mulheres, a famosa atriz iraniana Taraneh Alidoosti foi detida, ontem, sob a acusação de conexão com o movimento de protesto deflagrado após a morte da jovem Mahsa Amini, que entrou em seu quarto mês. Conhecida por ter atuado em diversos filmes do cineasta Asghar Farhadi, a artista havia manifestado apoio, pelo Instagram, às manifestações.
Mahsa Amini, uma iraniana de origem curda de 22 anos, morreu em 16 de setembro, após ser presa em Teerã pela polícia da moralidade. A jovem, denunciaram as autoridades, teria violado o rígido código de vestimenta que o regime impõe às mulheres, incluindo o uso do véu islâmico em público.
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"Taraneh Alidoosti foi detida por suas ações recentes, publicando informação e conteúdos falsos, e por incitar o caos", anunciou a agência Tasnim, sem detalhar o local onde a atriz está detida.
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Em 8 de dezembro, a artista, de 38 anos, repudiou a execução de Mohsen Shekari na forca depois que ele foi acusado de promover uma "guerra contra Deus". "Qualquer organização internacional que observa este banho de sangue sem reagir representa uma vergonha para a humanidade", escreveu Alidoosti em seu perfil no Instagram.
No mês anterior, ela havia prometido permanecer em seu país e "pagar o preço" necessário para defender seus direitos. Na ocasião, ela disse que deixaria de trabalhar para apoiar as famílias das pessoas assassinadas ou presas durante as manifestações.
Taraneh Alidoosti é especialmente conhecida por seu trabalho no longa-metragem O apartamento, de Asghar Farhadi, premiado com o Oscar de melhor filme de língua não inglesa em 2017. Com carreira iniciada ainda na adolescência, ela atuou em Leila e seus irmãos, obra de Saeed Roustayi apresentada este ano no Festival de Cannes.
Desde meados de setembro, milhares de iranianos e cerca de 40 estrangeiros foram presos por relação com as manifestações, segundo as autoridades judiciais. Na última semana, dois homens foram condenados e enforcados.
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