Pelo menos 37 pessoas morreram após consumir álcool adulterado no estado indiano de Bihar (nordeste), onde as bebidas alcoólicas são proibidas, anunciaram as autoridades neste sábado (17).
A venda e o consumo de álcool são proibidos em muitas partes da Índia, dando origem a um próspero mercado clandestino com destilarias que levam a centenas de mortes todos os anos.
De acordo com as famílias das vítimas, várias das pessoas que morreram ingeriram uma bebida local conhecida como "Mahua" ou "Desi Daru" na segunda-feira, durante um casamento e outros eventos.
Depois de ingerir o líquido, muitos reclamaram de dores de estômago e perda da visão. Eles também começaram a vomitar.
Na quinta-feira, mais de 20 pessoas morreram e no sábado cerca de uma dúzia foram hospitalizadas em estado crítico.
"Mais de vinte pessoas perderam a vida nas últimas 48 horas", afirmou um policial à AFP, acrescentando que 37 pessoas morreram até agora.
A imprensa local relatou pelo menos 71 mortes, mas esse número não pôde ser confirmado.
A polícia prendeu mais de 100 pessoas em conexão com a fabricação e venda ilegal de álcool nos últimos três dias. Os agentes apreenderam ainda 600 litros de aguardente.
Dos quase 5 bilhões de litros de álcool consumidos anualmente no país, cerca de 40% é produzido ilegalmente, segundo a International Wine & Spirits Association of India.
As bebidas alcoólicas clandestinas são muitas vezes adulteradas com metanol, para aumentar o seu nível de álcool. A ingestão desta substância pode causar cegueira, danos ao fígado e morte.
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