O teórico da conspiração americano Alex Jones, condenado a pagar quase 1,5 bilhão de dólares após negar um massacre em uma escola, declarou-se em falência nesta sexta-feira (2/12), segundo documentos judiciais aos quais a AFP teve acesso.
Jones, um ativista de extrema direita, apresentou um pedido de falência a um tribunal do Texas, depois que, em julho, já havia solicitado a falência de sua empresa Free Speech Systems. Caso o tribunal aprove o seu pedido, seus bens serão congelados e a penhora será interrompida.
Em 2012, um jovem armado com um rifle semiautomático matou 20 crianças e seis adultos na escola primária Sandy Hook, em Newton, Connecticut (nordeste).
Na época, Alex Jones afirmou, através do site Infowars, que o massacre foi uma encenação dirigida por opositores das armas de fogo e que os pais das crianças assassinadas eram "atores".
A teoria circulou pela internet e diversos familiares das vítimas apresentaram uma denúncia por difamação. Asseguraram que os seguidores de Alex Jones os estavam assediando.
Jones acabou reconhecendo publicamente que a chacina realmente aconteceu, mas foi condenado em dois julgamentos a pagar quase 1,5 bilhão de dólares em multas ou danos e prejuízos.
Nos documentos enviados ao tribunal do Texas, Jones afirma possuir dívidas milionárias.
O alcance exato de sua fortuna foi alvo de muita especulação e os julgamentos mostram que ele se aproveitou de sua notoriedade nos círculos conspiratórios para vender todo o tipo de produto na internet.
Atualmente, Jones está proibido de publicar no Twitter, mas continua presente no Infowars e estampando manchetes, como sua entrevista de quinta-feira com o rapper Kanye West, na qual o artista fez apologia de Adolf Hitler.
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