"Algumas autoridades mencionaram que o tema do hijab seria discutido no Parlamento. Achamos que seja uma tentativa de fazer com que as pessoas retornem para suas casas e deixem as ruas. Depois de três meses, apesar do uso extensivo da violência, o povo iraniano mantém os protestos. A existência da República Islâmica está sob ameaça. As autoridades querem reconstruir uma barreira de medo, que caiu. Para fazer isso, elas precisam que as pessoas retornem para suas casas. Não existe nenhuma indicação de que o regime do Irã desistirá do hijab."
Mahmood Amiry-Moghaddam, diretor da organização não governamental Iran Human Rights (IHR), em Oslo
"Ainda não está claro se a informação sobre o fim da polícia da moralidade é verdadeira ou não. O procurador-geral não é o responsável por essa força. Em uma mesma entrevista, ele disse que o indevido uso do véu na cidade sagrada de Qom é um das preocupações do Judiciário! O certo é que a questão do hijab está sendo discutida internamente. Mesmo que eles desmontem a polícia da moralidade, o problema do véu persistirá. A menos que as autoridades removam as restrições legais sobre o vestuário das mulheres e as leis que controlam a vida privada dos cidadãos, este será apenas um movimento de relações públicas."
Roya Boroumand, cofundadora e diretora executiva do Centro para Direitos Humanos Abdorrahman Boroumand
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