Apesar do escândalo sobre o dinheiro em espécie encontrado em sua casa, o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, não tem intenção "de renunciar, ou de se afastar" – disse seu porta-voz, Vincent Magwenya, neste sábado (3/12).
Ramaphosa decidiu "não renunciar por causa de um relatório equivocado e tampouco se afastará" da linha de frente política, reforçou seu porta-voz.
A figura do presidente sul-africano se encontra na berlinda desde a publicação, na quarta-feira (30), de um relatório parlamentar. O documento revelou que, durante um assalto a uma de suas propriedades, foram encontrados maços de notas escondidos em um sofá, no total de US$ 508.000.
"Pelo interesse e durabilidade, no longo prazo, da nossa democracia constitucional, para além da Presidência de Ramaphosa, deve-se questionar um relatório tão pouco rigoroso, sobretudo, se for usado para destituir um chefe de Estado em exercício", completou.
Esse escândalo começou em junho, quando um ex-diretor dos serviços de Inteligência, próximo aos críticos de Ramaphosa em seu próprio partido, moveu uma ação contra o presidente por ter ocultado o assalto.
Ramaphosa sempre negou que isso tenha ocorrido e, até o momento, a denúncia não deu origem a uma acusação. O presidente poderá ser alvo de um processo de impeachment.
O Parlamento se reúne na próxima terça-feira (6) para votar sobre a ativação, ou não, desse processo. Vários membros influentes do Congresso Nacional Africano (CNA, partido do governo) já se posicionaram a favor do presidente.
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