A Turquia bombardeou, nesta quarta-feira (23/11), as forças curdas que controlam o campo de detenção de Al-Hol, no nordeste da Síria, onde estão mais de 50.000 pessoas, incluindo familiares de membros do grupo Estado Islâmico (EI), informaram fontes curdas e uma ONG.
"A aviação turca executou cinco bombardeios contra as forças de segurança interna curda (Assayesh) dentro do campo", disse à AFP Farhad Chami, um porta-voz das Forças Democráticas da Síria, dominadas por combatentes curdos.
O Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), uma ONG com sede em Londres, informou, ao contrário, que os bombardeios tiveram como alvo posições curdas fora do campo, mas que "espalharam o caos" em seu interior.
O superlotado campo de Al Hol é administrado pelos curdos e abriga familiares de supostos jihadistas, mas também refugiados sírios e iraquianos.
Entre os detidos, há mais de 10.000 estrangeiros de cerca de 60 países. O porta-voz das Forças Democráticas Sírias alertou que "algumas famílias do EI podem fugir do campo", aproveitando-se do caos.
Apesar dos apelos da administração curda, a maioria dos países ocidentais se recusa a repatriar seus cidadãos e só o faz a conta-gotas por medo de ações terroristas em seu território.
Nesta quarta-feira, a Turquia continuou atacando posições de combatentes curdos no norte da Síria e planeja lançar uma operação terrestre para "proteger" sua fronteira sul.
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