Um atirador matou até 10 pessoas e deixou várias feridas na noite de terça-feira (22/11) em um supermercado da rede Walmart em Chesapeake, no Estado americano da Virgínia, informou a polícia.
Acredita-se que o próprio gerente da loja abriu fogo, depois apontou a arma para si mesmo e se matou.
A conta oficial da cidade de Chesapeake escreveu no Twitter que "a polícia confirma um incidente com atirador com mortes no Walmart".
Poucos detalhes foram divulgados até agora, mas um policial falou que o número de mortos não passa de 10, e que há vários feridos.
Ainda não se sabe o motivo do ataque, que aconteceu às 22h12 de terça-feira do horário local (0h12 no horário de Brasília).
O porta-voz do departamento de polícia de Chesapeake, Leo Kosinski, disse que o tiroteio teria acontecido dentro da loja e que o suspeito agiu sozinho.
A rede Walmart afirmou que estar "chocada com este trágico evento" e que está "trabalhando em estreita colaboração com as autoridades".
A expectativa é de que a polícia Chesapeake divulgue mais informações sobre o avanço das investigações na manhã desta quarta-feira.
Fotos postadas nas redes sociais mostram uma forte presença policial no local. Um vídeo publicado na internet mostra uma pessoa que seria testemunha do incidente — vestindo uniforme do Walmart — descrevendo o que aconteceu.
O homem conta que havia saído da sala dos funcionários da loja, na qual um gerente entrou e abriu fogo.
"Infelizmente, perdemos alguns de nossos colaboradores", ele acrescentou, esclarecendo que não sabia quantos de seus colegas haviam sido baleados.
Um porta-voz do Sentara Norfolk General Hospital foi citado pela rede de televisão local WAVY-TV dizendo que cinco vítimas do ataque estavam sendo atendidas lá.
Uma mulher contou à WAVY-TV que seu irmão, um funcionário de 20 anos do supermercado, foi baleado apenas 10 minutos depois de chegar para trabalhar.
Ela disse que o irmão tinha conseguido falar com parentes e enviar mensagens de texto — o que, segundo ela, era "reconfortante".
Outra mulher, chamada Joetta Jeffery, contou à rede americana CNN que sua mãe estava dentro do prédio quando o ataque aconteceu e tinha conseguido enviar mensagens de texto.
Jeffrey afirmou que a mãe não estava ferida, mas estava em estado de choque.
Mark Warner, senador democrata pela Virgínia, tuitou que estava "mal com as notícias de mais um massacre".
A senadora do Estado L. Louise Lucas, também democrata, acrescentou que estava "completamente desolada".
"Não vou descansar até encontrarmos as soluções para acabar com essa epidemia de violência armada em nosso país", escreveu no Twitter.
O ataque da noite de terça-feira aconteceu apenas alguns dias depois que um homem armado abriu fogo em uma boate LGBT no Estado do Colorado, matando cinco pessoas e ferindo outras 17.
Em 2019, um ataque a tiros em uma loja da rede Walmart na cidade de El Paso, no Texas, deixou 23 mortos.
- Este texto foi publicado em https://www.bbc.com/portuguese/internacional-63727156