Estados Unidos

Biden e Trump convocam multidões na véspera de eleições legislativas

As pesquisas apontam que a maioria dos americanos está preocupada com a economia e acredita que o país caminha na direção errada

Washington, Estados Unidos- Joe Biden e Donald Trump iniciam um frenético último dia de campanha, nesta segunda-feira (7/11), véspera das eleições de meio de mandato que marcarão o restante da gestão do presidente dos Estados Unidos e que podem abrir caminho para o retorno de seu antecessor à Casa Branca.

Os democratas disputam a maioria no Congresso em uma eleição que Biden descreveu como "definidora" para a democracia americana, embora questões atuais, como a inflação, tenham dominado a campanha.

De acordo com as pesquisas, os republicanos ganharão a maioria na Câmara dos Representantes na terça-feira, e muitos democratas temem perder o Senado também. Uma derrota que, se ocorrer, deixará o Congresso nas mãos da oposição, quando Biden ainda tem dois anos de governo pela frente.

As pesquisas apontam que a maioria dos americanos está preocupada com a economia e acredita que o país caminha na direção errada, o que incentiva os candidatos republicanos a tentar conquistar distritos que antes pareciam inacessíveis.

Com as 435 cadeiras da Câmara de Representantes em jogo, um terço dos 100 membros do Senado, além de 36 governos e cargos municipais, os democratas parecem estar diante de um cenário adverso.

Biden e Trump se enfrentarão nesta véspera da eleição: o presidente com um comício perto da capital, em Maryland, enquanto Trump estará em Ohio.

- Alerta para os democratas -


O cenário político tem se inclinado contra os democratas desde o verão.

No fim de semana, Glenn Youngkin, governador republicano da Virgínia, previu que "este será um alerta para o presidente Biden".

O Senado é mais incerto, mas as esperanças dos democratas de manter a Câmara Alta, que controlam graças ao voto de desempate da vice-presidente Kamala Harris, estão por um fio.

As eleições para senadores na Pensilvânia, Nevada, Wisconsin, Geórgia, New Hampshire e Ohio estão igualadas.

Os democratas concentraram seus argumentos finais no direito ao voto, na proteção do acesso ao aborto e na assistência social e, no caso de Biden, na ameaça representada pelo crescente apoio dos republicanos de Trump às teorias da conspiração política.

Os republicanos reagem dizendo que votar nos democratas resultará em uma inflação descontrolada e no aumento da criminalidade, buscando fazer desta eleição um referendo sobre o presidente.

Em um comício no fim de semana, Trump - que continua lançando falsas alegações de que a eleição de 2020 foi fraudada - acusou os democratas, a quem chamou de "radicais e insanos", de causar "a decadência e a queda dos Estados Unidos".

Na última pesquisa nacional da NBC News, 48% dos prováveis eleitores disseram preferir um Congresso controlado pelos democratas, enquanto 47% gostariam dos republicanos no comando.

No entanto, 80% dos eleitores de inclinação republicana dizem que com certeza irão às urnas ou já o fizeram, de acordo com uma nova pesquisa do Washington Post-ABC News, seis pontos acima dos democratas.

Cerca de 40 milhões de americanos votaram cedo na tarde de domingo, de acordo com o US Elections Project, superando por pouco o número de 2018.

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