Lisboa — Em meio a um discurso voltado, principalmente, para questões ambientais, tema que recoloca o Brasil no mapa da discussão mundial com a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva para a Presidência da República, o presidente de Portugal, Marcelo de Souza Rebelo, assumiu compromisso de participar da versão do Web Summit no Rio de Janeiro, em maio de 2023. “Para os brasileiros que estão aqui (em Lisboa), Rio, estarei com vocês”, afirmou, sob aplausos. Os brasileiros estão entre os cinco principais grupos de participantes da feira em Lisboa, que se encerra nesta sexta-feira. O público passou de 70 mil pessoas, um recorde.
A expectativa dos organizadores do evento no Rio é de que pelo menos 25 mil pessoas se inscrevam. A meta é transformar a cidade maravilhosa na capital da tecnologia da América Latina. O Web Summit tornou-se referência quando o tema é inovação. É, hoje, o maior palco de visibilidade para as startups, que vêm revolucionando a economia, do sistema financeiro à educação, do varejo à energia. Por sinal, as mudanças climáticas estiveram no centro dos debates em território luso, com as empresas apresentando soluções para manter a temperatura do planeta sob controle.
“As mudanças climáticas devem merecer toda a nossa atenção. As próximas gerações precisam ter a garantia de que terão um planeta melhor para viver”, afirmou o presidente português. Ele ressaltou que o mundo conseguiu superar a pior fase da pandemia do novo coronavírus, está se esforçando para mitigar os efeitos da guerra entre a Ucrânia e a Rússia, mas necessita se esforçar para garantir que os riscos climáticos não inviabilizem a existência humana. “Estamos num momento muito complicado, em que muitas economias estão sofrendo com a inflação e retrocessos sociais”, enfatizou.
O Web Summit ocorre em Lisboa pelo sétimo ano. A capital portuguesa soube tirar proveito do evento, que tem garantido lotação em hotéis e restaurantes. O turismo, seja de lazer, seja de negócios, é uma das principais fontes de renda da economia do país europeu, que tenta, a todo custo, evitar um mergulho na recessão. De olho nesse público da tecnologia, Portugal flexibilizou as regras para atrair os nômades digitais. A perspectiva é de que eles fixem residência no país e ajudem a movimentar o consumo. Os brasileiros tendem a estar entre os principais beneficiados, acreditam autoridades portuguesas.
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