BOLÍVIA

Governo boliviano se recusa a antecipar censo para 2023, em meio à violência

"Pedimos o retorno da calma, da paz e da normalidade no departamento de Santa Cruz", afirmou o presidente Luis Arce

Agence France-Presse
postado em 12/11/2022 11:46 / atualizado em 12/11/2022 11:46
 (crédito: RODRIGO URZAGASTI / AFP)
(crédito: RODRIGO URZAGASTI / AFP)

O presidente da Bolívia, Luis Arce, rejeitou na sexta-feira à noite (11/11) antecipar o censo populacional para 2023, em meio a um dia de violência na próspera região de Santa Cruz, de oposição, onde houve confrontos nas ruas e saques a dois escritórios de sindicatos ligados ao governo.

Arce ratificou o censo para 2024 e disse que "o recenseamento será em 23 de março" do referido ano, conforme comunicado divulgado pela televisão estatal. Ele também prometeu, em um prazo de seis meses, a redistribuição para todas as regiões dos fundos públicos, de acordo com os novos resultados do censo populacional.

"Pedimos o retorno da calma, da paz e da normalidade no departamento de Santa Cruz", acrescentou, após uma sexta-feira dia de violência.

Controlada pela oposição de direita, Santa Cruz completa neste sábado 22 dias de protestos com bloqueios de ruas, avenidas e estradas interdepartamentais para exigir que o governo de esquerda de Arce antecipe o censo populacional para 2023.

A região também exige o censo para atualizar sua representação legislativa, mas não há certeza de que essa demanda será atendida para as eleições presidenciais de 2025.

Santa Cruz planeja realizar, no próximo domingo, uma assembleia popular, na qual buscará definir sua posição, ante o anúncio presidencial. Em três semanas de protestos, Santa Cruz registrou quatro mortos em confrontos nas ruas entre civis, além de uma mulher estuprada e 178 feridos, conforme balanço divulgado pelo governo Arce.

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