As eleições de meio de mandato nos Estados Unidos foram perturbadas no Arizona devido a problemas técnicos que afetam algumas máquinas no condado mais populoso do estado, anunciaram nesta terça-feira (8/11) autoridades locais, assegurando que isto não impediu que os eleitores votassem.
No condado de Maricopa, que inclui a capital do estado do Grand Canyon, Phoenix, e arredores, "aproximadamente 20%" das 223 seções eleitorais experimentam "um problema" com as máquinas encarregadas de ler as cédulas, explicou pelo Twitter Bill Gates, diretor da junta de supervisores desta região.
É em torno deste condado de 4,5 milhões de habitantes que se concentrou grande parte das denúncias - depreciadas - de fraude eleitoral em 2020 neste estado, onde o democrata Joe Biden venceu o republicano Donald Trump. "Estamos tentando resolver este problema o quanto antes", disse Gates, enquanto assegurou que isto não impediu a votação.
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Em caso de problema, insistiu, é apresentada uma "alternativa". Os eleitores podem depositar suas cédulas em uma "caixa segura", que será aberta "mais tarde durante a noite" para contar os votos com máquinas que funcionem corretamente. Os eleitores também podem se dirigir a outra seção.
Assim que os centros de votação abriram, uma das seções instalada em uma biblioteca do centro teve problemas com as máquinas, relataram jornalistas da AFP. Apenas os eleitores que já tinham preparado suas cédulas seladas em um envelope puderam depositá-las, enquanto aos demais pediu-se que se dirigissem a outra seção a 500 metros de distância.
Isto bastou para aumentar a desconfiança de alguns habitantes deste estado do sudoeste americano, onde alguns candidatos republicanos ainda questionam a vitória de Biden sobre Trump em 2020, com apenas 10.000 votos de diferença, apesar de várias auditorias e recontagens que demonstraram a validade dos resultados.
"Esta máquina deveria ter sido testada há muito tempo, na semana passada", disse à AFP Donald Newton, um eleitor republicano descontente, que conseguiu votar em uma seção vizinha e acredita firmemente que as eleições de 2020 "foram roubadas".
Assim como muitas pessoas entrevistadas pela AFP nas últimas duas semanas, este octogenário acredita na teoria da conspiração alimentada por um documentário de extrema direita, segundo o qual em 2020 foram adicionados votos nas urnas.
"Está acontecendo de novo", exclamou outro eleitor, que pediu para votar em outra seção e não quis revelar seu nome.
No Twitter, alguns vídeos mostravam filas de eleitores descontentes, questionando os voluntários encarregados dos trabalhos relacionados com a votação. Antes da eleição, vigias, alguns armados, supervisionaram as urnas de metal, similares a caixas do correio, onde os eleitores podiam depositar suas cédulas antecipadamente no Arizona.
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