Protestos

ONGs defendem direitos LGBTQIA+ em frente ao museu da Fifa na Suíça

Protestos ocorrem após Khalid Salman, embaixador da Copa do Mundo do Catar, falar que a homossexualidade é um "dano mental"

Agence France-Presse
postado em 08/11/2022 15:14 / atualizado em 08/11/2022 15:15
Ativistas seguram placas em alemão com dizeres na esquerda
Ativistas seguram placas em alemão com dizeres na esquerda "atirando no ódio queer" durante uma ação simbólica em frente ao museu da FIFA em Zurique. - (crédito: Fabrice COFFRINI / AFP)

Membros de várias organizações não governamentais fizeram um jogo simbólico nesta terça-feira em frente ao museu da Fifa em Zurique para defender os direitos da comunidade LGBT+ na Copa do Mundo, que começa no dia 20 de novembro no Catar, onde a homossexualidade é ilegal.

Estas ONGs - All Out, Pink Cross, a Organização Suíça de Lésbicas (LOS) e Transgender Network Switzerland (TGNS) — montaram durante meia hora um jogo de futebol que colocou falsos representantes da Fifa e do Catar contra a comunidade LGBT+.

"Com esta ação incentivamos as seleções de futebol, os jogadores e os patrocinadores a mostrarem seu apoio e compromisso com os direitos das pessoas LGBT+ no Catar", declarou Justin Lessner, diretor de campanha da All Out.

  • Duas mulheres se beijam ao lado de um quadro durante uma ação simbólica de associações LGBT+ em frente ao museu da FIFA em Zurique, em 8 de novembro de 2022, para chamar a FIFA para defender os direitos da comunidade LGBT+ antes da Copa do Mundo FIFA 2022 do Catar que começará em 20 de novembro. Fabrice COFFRINI / AFP
  • Duas mulheres se beijam ao lado de um quadro durante uma ação simbólica de associações LGBT+ em frente ao museu da FIFA em Zurique, em 8 de novembro de 2022, para chamar a FIFA para defender os direitos da comunidade LGBT+ antes da Copa do Mundo FIFA 2022 do Catar que começará em 20 de novembro Fabrice COFFRINI / AFP
  • Dois homens se beijam ao lado de um gol durante uma ação simbólica de associações LGBT+ em frente ao museu da FIFA em Zurique, em 8 de novembro de 2022, para chamar a FIFA para defender os direitos da comunidade LGBT+ antes da Copa do Mundo FIFA 2022 do Catar que começará em 20 de novembro. Fabrice COFFRINI / AFP
  • Ativistas jogam futebol durante uma ação simbólica de associações LGBT+ em frente ao museu da FIFA em Zurique, em 8 de novembro de 2022, para chamar a FIFA para defender os direitos da comunidade LGBT+ antes da Copa do Mundo FIFA 2022 do Catar, que começará em 20 de novembro. Fabrice COFFRINI / AFP

A pessoa que representava a Fifa usava uma camisa da entidade, enquanto o falso representante do Catar jogou vestido de policial. Os dois estavam acorrentados em seu gol para evitar que a equipe que representava a comunidade LGBT+ marcasse.

Em uma carta revelada no dia 4 de novembro pela Sky News, os dirigentes da Fifa pediram às 32 seleções participantes do Mundial do Catar que "se concentrem no futebol" e deixem de lado as controvérsias em torno do país sede do torneio.

Mas a polêmica está longe de se acabar. Um ex-jogador da seleção catari e embaixador da Copa do Mundo, Khalid Salman, disse que a homossexualidade é um "dano mental", em entrevista que será exibida na televisão alemã nesta terça-feira.

"Essas declarações são horríveis", lamentou a ministra do Interior da Alemanha, Nancy Faeser, também responsável pelos Esportes, em uma entrevista coletiva afirmando que mantém a confiança nas garantias de segurança para os torcedores na Copa do Mundo apresentadas pelo primeiro-ministro do Catar durante uma recente viagem ao país.

A homossexualidade é ilegal no pequeno emirado do Golfo. Capitães de seleções europeias como Inglaterra, França e Alemanha usarão braçadeiras com as cores do arco-íris e a mensagem 'One Love', em uma campanha contra a discriminação.

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