Letônia

Partidos pró-Ocidente vencem eleições na Letônia e pró-Rússia perdem força

O partido centrista do primeiro-ministro Krisjanis Karins venceu as eleições legislativas de sábado na Letônia

O partido centrista do primeiro-ministro Krisjanis Karins venceu as eleições legislativas de sábado na Letônia, de acordo com a apuração de 96% das urnas, um resultado que mostra um enfraquecimento dos partidos próximos à minoria russa.

O partido Nova Unidade de Karins recebeu 18,94% dos votos e apenas um dos partidos apoiados pelas minorias de língua russa, o partido "Estabilidade!" superou o limite de 5% para entrar no Parlamento com 6,75%.

Enquanto isso, o partido histórico pró-russo Harmonia e o partido União Letã de Russos, que é pró-Kremlin, ficaram fora do Parlamento.

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Em segundo lugar ficou a União dos Verdes e Camponeses com 12,66%, seguida pela Lista Unificada, que reúne partidos verdes e formações regionais, que obteve 10,98%, apoiada pela Aliança Nacional (centro-direita), que captou 9,31%.

Os resultados eleitorais reforçam as chances de Karins ser o encarregado oficialmente pelo presidente Egils Levits de formar o próximo governo. Isso deve acontecer quando o novo Parlamento começar a funcionar no início de novembro neste país báltico de 1,8 milhão de habitantes, membro da UE e da Otan.

Sem esperar o anúncio dos resultados oficiais definitivos, Karins deu algumas indicações sobre suas intenções.

"A Nova Unidade não entrará em coalizão com os partidos que buscam suas orientações políticas na Rússia, e também não colaboraremos com a União de Verdes e Camponeses. Outras opções permanecem em aberto", declarou na televisão pública LTV1.

Karins já havia estimado que uma participação dos Verdes e Camponeses em sua coalizão só seria possível se este partido rompesse com seu aliado, o oligarca e prefeito de Ventspils, Aivars Lembergs, declarando que seria impossível para ele colaborar com uma pessoa que se opôs à cooperação com a Otan e que é acusada de crimes graves.

Sobre a ameaça russa, Karins disse à AFP: "Nem eu, nem meu governo, nem meu país reagimos por medo (...) Continuaremos investindo em nossa própria defesa como Estado-membro da Otan", disse.

Os resultados também confirmaram o declínio do partido social-democrata Harmonia, próximo à minoria de língua russa (30% da população).

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