Em carta divulgada ontem, cerca de 30 congressistas democratas norte-americanos pediram ao presidente Joe Biden que reconheça imediatamente os resultados da eleição no Brasil, por medo de que Jair Bolsonaro questione-os em caso de derrota. "Os Estados Unidos e a comunidade internacional devem estar preparados para reconhecer imediatamente os resultados anunciados pela autoridade eleitoral brasileira no domingo (amanhã)", defendem na carta, levada ao conhecimento da imprensa pelo senador Patrick Leahy.
Também ontem, Ned Price, porta-voz do Departamento de Estado, declarou que os EUA confiam que o segundo turno será conduzido "com o mesmo profissionalismo e o mesmo espírito pacífico e de dever cívico" que em 2 de outubro.
"Apesar do claro compromisso da sociedade brasileira com a democracia, há fortes temores de que, se Bolsonaro perder, questionará os resultados do segundo turno, quando a diferença entre Bolsonaro e Lula pode ser muito mais apertada", afirmaram os legisladores, na carta. "Se Bolsonaro rejeitar os resultados das eleições, devemos estar preparados para defender, inequivocamente, a democracia no Brasil."
Eles insistem em que "é sumariamente importante que os EUA denunciem qualquer tentativa de incitar a violência política no e depois do dia da eleição", porque a pedra angular das relações entre os dois países deve ser "um compromisso compartilhado com a democracia e os direitos humanos".
Trump
O ex-presidente Donald Trump convocou, mais uma vez, o voto em Bolsonaro e classificou o seu adversário Luiz Inácio Lula da Silva, a quem apelida de "Lulu", como "lunático". A mensagem foi enviada por meio de sua plataforma Truth Social. "No domingo, vote no presidente Jair Bolsonaro — ele nunca vai te decepcionar!", diz ele sobre o presidente, que descreve como "um grande e respeitado líder, que também é um grande cara com um grande coração".
"Seu oponente, 'Lulu', é um lunático da esquerda radical que destruirá rapidamente seu país e todo tremendo progresso que foi feito sob o presidente Bolsonaro, incluindo tornar o Brasil um país respeitado novamente", acrescentou Trump.
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