Tragédia

Explosões diante de prisão em Mianmar deixam 8 mortos e 18 feridos

O país é cenário de um violento conflito interno desde que os militares tomaram o poder em um golpe e derrubaram do poder o governo civil de Aung San Suu Kyi

Agência France-Presse
postado em 19/10/2022 08:47 / atualizado em 19/10/2022 08:47
 (crédito:  STR / AFP)
(crédito: STR / AFP)

Yangon, Mianmar- Ao menos duas bombas explodiram nesta quarta-feira (19/10) em frente a uma prisão de Yangon, a capital econômica de Mianmar, deixando oito mortos e 18 feridos, anunciou a junta militar.

Um comunicado divulgado pela junta afirma que as bombas tinham como alvo uma multidão reunida para entregar pacotes a parentes e amigos detidos na prisão de Insein.

Os militares atribuíram a responsabilidade a "terroristas".

As forças de segurança desativaram outro "explosivo de fabricação caseira" na mesma área, destacou a junta militar.

Uma mulher que esperava na fila perto do local onde os pacotes são depositados disse à AFP que a primeira explosão ocorreu às 9h30 locais.

"Rapidamente aconteceram outras duas explosões. E depois tiros", disse a testemunha, que pediu anonimato.

De acordo com outra testemunha, as forças de segurança isolaram a área próxima à prisão, criada no período colonial e que, de acordo com grupos de defesa dos direitos humanos, abriga centenas de presos políticos desde o golpe de Estado de fevereiro de 2021.

O país é cenário de um violento conflito interno desde que os militares tomaram o poder em um golpe e derrubaram do poder o governo civil de Aung San Suu Kyi.

Milícias civis surgiram em todo o país e pegaram em armas para combater o exército, que foi surpreendido com sua eficácia, segundo vários analistas.

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação