O Departamento de Justiça dos Estados Unidos solicitou que Steve Bannon, ex-assessor de Donald Trump, cumpra seis meses de prisão e pague uma multa de US$ 200 mil, quantia máxima permitida, por desacato contra o comitê do Congresso que investiga o ataque ao Capitólio, que ocorreu no dia 6 de janeiro de 2021.
O aliado de longa data do ex-presidente Trump deve ser sentenciado por duas acusações de desacato ao Congresso: uma por se recusar a prestar depoimento e outra por se recusar a fornecer documentos. O Comitê buscou o testemunho de Bannon sobre seu envolvimento nos esforços de Trump para derrubar a eleição presidencial de 2020.
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A declaração do Departamento de Justiça surge após o Comitê dar um passo extraordinário, na semana passada, para intimar o próprio Trump, algo que os membros do painel disseram ser necessário para obter a história completa do que aconteceu antes e durante o ataque em 2021.
Condenado no verão local passado, Bannon deve receber uma sentença pesada porque "seguiu uma estratégia provocativa de má-fé e desacato" e menosprezou publicamente o próprio Comitê, além de não fornecer nenhum documento ou responder a nenhuma pergunta, segundo os procuradores federais.
"Os desordeiros que invadiram o Capitólio, em 6 de janeiro, não atacaram apenas um prédio - eles atacaram o estado de direito sobre o qual este país foi construído e através do qual perdura", escreveram advogados federais em documentos judiciais. "Ao desrespeitar a intimação do Comitê Seleto e sua autoridade, o réu exacerbou esse ataque."
Os advogados de Bannon, por sua vez, negam que ele tenha agido de má-fé e pedem por liberdade condicional, mesmo que as suas duas condenações por desacato tenham, cada uma, um mês obrigatório atrás das grades, no mínimo. Os advogados de defesa também solicitam que a sentença não seja executada, enquanto tramita uma apelação.
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